Paraná é o estado com mais estudantes no ensino superior do Sul do País

Segundo o Censo de Educação Superior, Paraná tem 306 mil estudantes matriculados em instituições públicas e privadas

Redação Bem Paraná
UFPR UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA

Censo faz raio-X do ensino superior: na foto, fachada da UFPR (Franklin de Freitas)

O número total de estudantes em cursos de ensino superior matriculados no Paraná em 2023 era de 306.839. O dado é do Ministério da Educação, com base no Censo de Educação Superior. O Paraná é o Estado com mais estudantes matriculados em instituições públicas ou particulares no Sul do País. O Rio Grande do Sul tinha 245.005 e Santa Catarina, 189.550.

No Paraná, segundo o Censo, eram 124.728 matrículas em instituições públicas (federais e estaduais) e 182.111 nas particulares.

No Brasil, o número de matrículas seguiu a tendência de crescimento dos últimos anos e chegou a mais de 9,9 milhões, um aumento de 5,6% entre 2022 e 2023, o maior desde 2014 (aí contando também as matrículas no Ensinoà Distâncai, EAD).

As instituições privadas concentraram a maioria dos matriculados: 79,3% (7.907.652), um crescimento de 7,3%, no mesmo período. Já as instituições públicas registraram 20,7% (2.069.130) das matrículas, uma ligeira queda de 0,4%, nesse mesmo intervalo.

Segundo o MEC, “O objetivo da pesquisa estatística é oferecer informações detalhadas sobre a situação e as tendências da educação superior brasileira, assim como guiar as políticas públicas do setor. Após a divulgação, as informações passam a figurar como dados oficiais do nível educacional”.

“O número total de alunos matriculados no ensino superior cresceu, o que é uma boa notícia para o país. Essa tendência confirma os dados das pesquisas que divulgamos. Notamos que o número de alunos matriculados nos cursos EaD praticamente igualou o número de alunos nos cursos presenciais, que vem caindo gradativamente, como modalidade”, disse Celso Niskier, diretor presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior).

Instituições
O Censo de 2023 registrou 2.580 instituições de educação superior. Dessas, 87,8% (2.264) eram privadas, e 12,2% (316), públicas. Nesse contexto, a rede privada ofertou 95,9% (23.681.916) das mais de 24,6 milhões de vagas. Já a rede pública foi responsável por 4,1% (1.005.214) das ofertas, com 65,5% (658.273) dessas vagas em instituições federais.

No Paraná, até 2021, eram 191 Instituições de Ensino Superior (IES) e 119 de Ensino à Distância (EAD).

Educação básica
Entre todas as unidades da federação, o Paraná é o quinto estado com mais matrículas na Educação Básica, conforme o Censo Escolar. Com 2.464.010 registros, o estado fica atrás apenas de São Paulo (10.079.302), Minas Gerais (4.310.112), Rio de Janeiro (3.448.019) e Bahia (3.440.528). Em todo o Brasil, há 47.304.632 matrículas.

Em uma década , taxa de conclusão de cotistas fica acima dos não cotistas
De acordo com a pesquisa estatística, os estudantes que acessaram a educação superior federal por meio de cotas em 2014 tiveram uma taxa de conclusão 10% maior do que a de não cotistas em uma década (2014-2023).

Os indicadores de trajetória, calculados a partir do Censo da Educação Superior, apontaram, ainda, que o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) impactam positivamente o índice de concluintes dos cursos de graduação no Brasil.

O Censo da Educação Superior mostrou que, no último ano, 51% dos alunos cotistas da rede federal concluíram o curso, enquanto o índice entre os não cotistas foi de 41%. Ao se analisarem os efeitos do Prouni na taxa de conclusão, verificou-se que 58% dos beneficiários concluíram a graduação no ano passado, contra 36% entre os estudantes que não fazem parte da política. Já o índice de concluintes entre os alunos que contam com o Fies foi 15pontos porcentuais superior ao dos que não utilizam o auxílio: de 49% para 34%.

“Os dados nos mostraram que o caminho é cuidar desses estudantes, especialmente dos que mais precisam, porque eles respondem”, disse o ministro de Estado da Educação substituto, Leonardo Barchini