Paraná é o Estado que mais apreende drogas no País

As apreensões de pedras de crack saltaram de 12.801, em 2003, para 684.401, em 2006.

Redação Jornal do Estado

O Paraná é o Estado que mais apreende drogas atualmente no País. As apreensões de pedras de crack, no Paraná, saltaram de 12.801, em 2003, para 684.401, em 2006. Em 2003, foram apreendidos 584 quilos de cocaína e, em 2006, foram 931 quilos. Já a apreensão de maconha saiu de 16.317 quilos, em 2003, para 131.986, em 2006. As informações foram repassadas pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari durante reunião da Operação Mãos Limpas. Neste ano, até o dia 31 de maio, já foram apreendidos no Paraná 377 quilos de cocaína, 416 mil pedras de crack e 33,5 toneladas de maconha.

O número de prisões também vem aumentando desde que o Paraná implantou o serviço Narcodenúncia 181, em 2003, projeto da Secretaria da Justiça e Cidadania. No segundo semestre de 2003, início do projeto, houve 895 prisões entre homens e mulheres envolvidos com o tráfico de drogas, além de 153 apreensões de adolescentes. Já em 2006, o número aumentou para 4.612 prisões geradas por denúncias anônimas feitas pelo telefone 181, e 1.816 apreensões de adolescentes. Até agora já quase 16 mil prisões.

Para o coordenador estadual do projeto, tenente-coronel Jorge Costa Filho, os números demonstram também que existe grande confiança da população no projeto. “Se não fosse assim as pessoas não ligariam”, disse Costa. Outro ponto positivo do projeto é o aumento do número de atendimentos. Em 2006, foram 26.414, enquanto que, no início do projeto, foram realizados 10.257. “Quanto mais divulgamos os resultados, mais credibilidade o projeto passa a ter e os atendimentos e novas denúncias vão surgindo”, avaliou Costa.

A denúncia pode ser feita de qualquer aparelho telefônico, móvel, fixo ou público, sem a identificação do denunciante e a garantia de que as informações serão investigadas. Cerca de 50% dos casos são resolvidos de forma imediata e os demais prosseguem em investigação, com o trabalho das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. Os atendimentos são realizados por funcionários civis e por militares nos quartéis da PM.

De acordo com o coronel Costa, o projeto tem cunho preventivo uma vez que, quando apreende grandes quantidades de drogas e também possibilita apreensões menores, evita a circulação dos diversos tipos de entorpecentes.