Fumaça não acaba nunca? Paraná espera semana mais crítica para incêndios florestais

Redação Bem Paraná
FRANKLIN DE FREITAS

Curitiba coberta por névoa cinzenta: fumaça (Franklin de Freitas)

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio no Paraná de janeiro a agosto deste ano. E a situação tende a ficar ainda mais dramática. Nas áreas há muito tempo sem chuva e baixa umidade relativa do ar, com as altas temperaturas atípicas para o inverno, faz com que o Paraná atravesse nesta semana o período mais crítico para a ocorrência de queimadas florestais.

De acordo com a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a média da umidade relativa do ar mínima para a semana pode ser inferior a 20% nas regiões Norte, Norte Pioneiro e Noroeste e menor do que 30% nas regiões Central e Sudoeste do Paraná.

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“Os indicadores são os mais altos possíveis”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. “Todo o Estado está em vermelho (de risco para incêndios ambientais), com uma condição ainda mais desfavorável para o extremo Norte e Noroeste do Paraná”, destaca o meteorologista.

Desde o mês passado o Estado está coberto por fumaça de queimadas. Curitiba está cinza desde o fim de semana.

Queimadas suspensas

O Instituto Água e Terra (IAT) suspendeu, pelo período de 90 dias, qualquer queima controlada para atividades agrossilvopastoris no Paraná, incluindo o método usado para a despalha de cana-de-açúcar.
A medida busca amenizar a ocorrência de incêndios florestais em todo o Estado. A combinação de áreas há muito tempo sem chuva e a baixa umidade relativa do ar com as altas temperaturas atípicas para o inverno fez com que o Paraná atingisse nesta semana o período de maior vulnerabilidade para queimadas ambientais.