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Ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias, registraram neste ano 571 denúncias e reclamações de assédio sexual. Destas, 25 são de órgãos federais no Paraná. Os número constam no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU). A lista é puxada pelo Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com 11 reclamações. A mesma instituição ocupa a sexta posição em todo o País.

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O Instituto Federal do Paraná (IFPR) é o segundo órgão com mais denúncias de assédio sexual no Paraná, com cinco. Em terceiro no ranking está a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) com quatro. Em quarto, aparece a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) com duas denúncias.

De acordo com a plataforma Resolve, 21 das 25 foram respondidas e três arquivadas, duas por falta de clareza e insuficiência de dados e uma por manifestação imprópria e inadequada.

Lista nacional de assédio sexual

Nacionalmente, a lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos. A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Os tipos de denúncias

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens.

Caso de assédio sexual do ex-ministro Silvio Almeida

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual. Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.