Franklin Freitas (Arquivo Bem Paraná)

A Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu está realizando uma pesquisa para mapear o perfil dos ciclistas do Paraná. Para participar, basta responder as questões deste formulário. A pesquisa será realizada em Curitiba, Araucária, Paranaguá e Maringá.


Na primeira edição, feita em 2015, a pesquisa do Perfil do Ciclista entrevistou 5.012 ciclistas
em dez cidades das diferentes regiões brasileiras. Na segunda edição, em 2018, foram 7.624
em 25 cidades brasileiras, quatro colombianas e três argentinas. Na terceira edição, em 2021, Curitiba
não participou.


Os dados mais recentes de Curitiba são de 2018, quando a Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu, organizou a aplicação da pesquisa através da colaboração de grupo de voluntários ativistas, que foram a campo entrevistar ciclistas, conhecendo e se relacionando com as realidades locais. Foram abordados mais de 840 ciclistas, descobriu que dentre os entrevistados, 11% começaram a usar a bicicleta como meio de transporte há menos de seis meses, número maior do que foi a média nacional, que é de 7%.

Também aumentou o número de pessoas que passaram a usar a bike entre seis meses e um ano: no Brasil, a faixa é de 6%, enquanto na cidade chega aos 10,5%, atrás apenas de Sorocaba (19,5%) e Brasília (11,8%). Na opinião do presidente de Ciclo Iguaçu, Fernando Rosenbaum, isso foi um reflexo das políticas públicas pró-bicicleta, como a instalação das vias calmas que ocorreram a partir de 2014.

Na pesquisa de 2018, as entrevistas apontaram que 45% dos ciclistas reclamam da falta de condições adequadas e outros 39% da falta de segurança no trânsito.


Este ano a pesquisa será realizada em Curitiba, Araucária, Paranaguá e Maringá. Outras 39 cidades aderiram a pesquisa, que é desenvolvida pela Associação Transporte Ativo em parceria com o Laboratório de Mobilidade Sustentável da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Labmob-UFRJ).


“Estamos no momento de chamamento de voluntários para atuar neste censo sobre a qualidade
dos ciclistas”, disse Fernando Rosenbaum, trazendo informações sobre a especificidades do
uso da bicicleta nas diferentes cidades, uma importante ferramenta para balizar as políticas
públicas e desenvolver este meio de transporte que pode regenerar as cidades.

Curitibanos vão de bicicleta para o trabalho, escola e faculdade


Dados de 2018 revelam que 78,6% dos ciclistas curitibanos utilizam o modal para irem ao local de trabalho e 38,8% para irem a escola ou a faculdade. Além disso, 51,3% utilizam a bicicleta para ir às compras e 73,8%, por lazer. 80,8% utilizam o modal pelo menos cinco vezes por semana (33,2% utilizam a bike todos os sete dias da semana, 15,4%, em seis dias e 32,2%, em cinco dias).

A pesquisa identificou também que a população mais jovem, com idade de até 34 anos, respondia por 64,6% dos adeptos do ciclismo na cidade. A faixa etária mais significativa era a de pessoas com idade de 15 a 25 anos (30,9%), seguida pela faixa entre 25 e 34 anos (29,7%) e de até 14 anos (4%).