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Ataque homofóbico terminou em tragédia (Foto: João Frigério)

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou nesta quarta-feira (19) o vídeo do momento em que Vagner do Prado esfaqueou Oziel Branques dos Santos, que reagiu aos ataques homofóbicos contra uma mulher trans e um homem gay. O crime aconteceu no ônibus biarticulado da linha Santa Cândida/Capão Raso, em Curitiba, no último domingo (16).

Vagner já havia sido preso em flagrante ainda no domingo, pouco após ele e um outro rapaz se envolverem no homicídio durante um ataque homofóbico. Segundo advogados do Grupo Dignidade, Oziel foi morto após os agressores tentarem tirar a roupa da mulher e desferirem um tapa contra o amigo dela.

Assassino é suspeito de outros dois homicídios ocorridos neste mês

De acordo com o advogado Jean Muksen, representante do Grupo Dignidade e que deve atuar como assistente de acusação no caso do ataque homofóbico, Vagner do Prado possui antecedentes diversos. São pelo menos três outros homicídios, diversas condenações por roubo, tráfico, associação criminosa e corrupção de menores, sem contar outros três crimes ocorridos apenas neste mês (os envolvidos no ataque homofóbico, uma suspeita de homicídio e outra de feminicídio). Inclusive, ele estava com tornozeleira eletrônica quando assassinou Oziel e realizou o ataque homofóbico no fim de semana.

No último dia 6, por exemplo, ele já havia sido indiciado pelo feminicídio da própria companheira. Paralelamente, no mesmo dia do homicídio no biarticulado, ele é suspeito de ter cometido um outro assassinato, contra um morador de rua. “E esses três crimes ocorreram enquanto ele estava em monitoramento através da tornozeleira eletrônica, em regime semiaberto”, ressalta o advogado.