aurora boreal marco brotto
Marco Brotto Expeditions (Foto: Marco Brotto)

A aurora boreal, um dos fenômenos naturais mais espetaculares e encantadores do planeta, desperta fascínio e curiosidade em pessoas ao redor de todo o mundo. No entanto, muitos se perguntam porque esse espetáculo de luzes coloridas no céu só pode ser observado em determinadas épocas do ano.

A resposta envolve uma combinação de fatores astronômicos e atmosféricos que determinam a visibilidade da aurora. Marco Brotto, que lidera expedições em grupo em busca do fenômeno, explica esses fatores.

Fenômeno constante, visibilidade variável

É importante entender que a aurora boreal ocorre continuamente ao longo do ano. O fenômeno é resultado de partículas carregadas do vento solar interagindo com a magnetosfera da Terra, causando emissões luminosas visíveis principalmente nas regiões polares.

Essas partículas energizadas colidem com átomos e moléculas na alta atmosfera terrestre, liberando luzes que variam em cor, principalmente verde, rosa, vermelho, roxo e azul. “Com o aumento da quantidade de explosões solares existe a possibilidade de ter mais auroras”, conta Marco.

Necessidade de escuridão

Uma das principais razões pelas quais a aurora boreal é mais visível em determinadas épocas do ano é a necessidade de escuridão. Durante os meses de verão nas regiões polares, o Sol não se põe, resultando em um fenômeno conhecido como sol da meia-noite.

A luz solar constante impede a observação das auroras, que, embora estejam ocorrendo, não podem ser vistas devido ao brilho do dia.

Em contraste, durante os meses de inverno, essas regiões experimentam longos períodos de escuridão, conhecidos como noites polares. É nessa época que as condições são ideais para a observação da aurora boreal, pois a ausência de luz solar direta permite que as luzes fracas da aurora se destaquem no céu noturno.

Condições atmosféricas e geográficas

Além da escuridão, outras condições atmosféricas e geográficas influenciam a visibilidade da aurora boreal. O clima claro e a ausência de nuvens são essenciais para uma boa observação. Nuvens densas ou precipitações podem obstruir a vista do céu, tornando impossível ver a aurora.

Geograficamente, as melhores regiões para observar a aurora boreal estão localizadas em altas latitudes, próximas ao Círculo Polar Ártico. Países como Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia, Canadá e partes da Rússia oferecem excelentes pontos de observação.

No entanto, a intensidade e a frequência das auroras podem variar, e a atividade solar, que segue um ciclo de aproximadamente 11 anos, também influencia a probabilidade de avistamentos.

Melhor época para ver a aurora boreal

Para aqueles que desejam testemunhar a aurora boreal, os meses de setembro a abril são geralmente os melhores, devido à maior duração das noites escuras. Dentro desse período, o auge do inverno, de dezembro a fevereiro, costuma proporcionar as condições mais favoráveis.

O melhor momento é quando está acontecendo a máxima solar, “a gente não sabe quando vai ser, pode ter sido o mês passado, pode acontecer daqui um mês, só conseguimos saber depois que termina o ciclo”, explica ele.

“Ver a aurora boreal é, para a maioria dos viajantes, um sonho que está sendo realizado. Porém, antes de cair na estrada, é importante entender que a visualização nunca é garantida. Há, sim, pessoas que retornam frustradas de suas viagens por não terem conseguido viver esse momento”, relata Brotto, que é conhecido por sua taxa de 100% de sucesso de visualização de auroras nas expedições realizadas até hoje.

Nos últimos 12 anos, Marco já realizou 149 expedições pelos países do Ártico, em centenas de viagens pela região, levando grupos de brasileiros para ver a aurora boreal, para os interessados, basta acessar: https://auroraboreal.com.br/proximas-expedicoes/.