FUMANTES DIMINUEM
(Franklin de Freitas)

Esta quinta-feira (29) é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos decorrentes do tabagismo. Apesar disso, o hábito de fumar ainda é uma preocupação para a saúde e para a segurança pública.

E o Paraná aparece em destaque quando se fala em apreensão de cigarro ilegal. O Paraná é o estado com maior número de apreensão de cigarros em rodovias federais. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), quase a metade das apreensões em rodovias federais no País acontece no Paraná.

O estado é a porta de entrada para o mercado de cigarros contrabandeados no Brasil. Isso ocorre devido à fronteira com o Paraguai, de onde vem grande parte dos cigarros contrabandeados.

Os cigarros que entram ilegalmente no Brasil, via rodovias federais do Paraná, bateram a marca de 16 milhões de maços apreendidos no primeiro semestre de 2024, contra 14,8 milhões do primeiro semestre de 2023.

Em 2023 foram 33,99 milhões de maços no total apreendidos no Paraná. Já em 2022, o número total de apreensão foi de 31,8 milhões. O ano de 2021 registrou 33,4 milhões de maços de cigarros apreendidos, segundo dados da PRF.

A circulação do cigarro ilegal esconde ainda outros problemas. O contrabando de cigarro muitas vezes tem ligação com o tráfico de drogas e de armas, inclusive utilizando as mesmas rotas e artifícios para tentar driblar a segurança.

Outro problema, esse de saúde, é que o cigarro ilegal consegue ser ainda mais nocivo à saúde, já que teria substâncias de maior risco ao ser humano.

CIGARRO FALSIFICADO
Apreensão de cigarro no Paraná: produto tem procura por ser mais barato (Franklin de Freitas)

Fumo mata milhões de pessoas por ano

Com base em dados do Progress Hub, 12,6% da população adulta do Brasil fuma. O tabagismo é mais prevalente entre os homens brasileiros (15,9%) em comparação com as mulheres brasileiras (9,6%).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a epidemia de tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, sendo responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano.

Do número de 8 milhões de mortes pela epidemia do tabaco, 7 milhões são resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão de mortes são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

No Brasil, são 161.853 mortes anuais pelo uso de tabaco, o que representa 443 mortes por dia e leva o tabagismo a ser o terceiro fator de risco para anos de vida perdidos ajustados por incapacidade. Em outras palavras, é a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.

Fumo passivo mata

Fumo passivo é a fumaça que enche restaurantes, escritórios, casas ou outros espaços fechados quando as pessoas fumam produtos de tabaco. Não há nível seguro de exposição ao fumo passivo de tabaco, segundo a OMS.