Refúgio Biológico da Itaipu, no Paraná, registra nascimento de espécie seriamente ameaçada

Filhote de cervo-do-pantanal nasceu com 3,7 quilos, passa bem e ficará com a mãe até o desmame, entre quatro e seis meses

Assessoria de Imprensa Itaipu
cervo do pantanal

Filhote é uma fêmea (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)

O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), mantido pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu (Oeste do PR), registrou o nascimento de mais um cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) no último dia 17. O animal, uma fêmea de 3,7 quilos, ainda sem nome, é a segunda filha do casal Xavier e Chanel – a primeira foi Chaiene, hoje com cerca de 1 ano.

De acordo com o biólogo Marcos José de Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas (MARP.CD), o bebê-cervo passa bem e ficará isolado com a mãe pelo período de quatro a seis meses, quando acontece o desmame. Ele também será monitorado pela equipe do Refúgio para eventual necessidade de curativos (no umbigo, por exemplo).

A partir de um ano, o animal ficará à disposição do Programa de Manejo Ex situ de Espécies Ameaçadas da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab), Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Desde a primeira reprodução, em 2001, já nasceram no Refúgio Biológico 19 cervos-do-pantanal. A espécie é considerada sob risco extremamente alto de extinção no Paraná, conforme a Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas, elaborada pela Secretaria de Estado Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Instituto Água e Terra (IAT) e Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais.

Oliveira reforça que o nascimento de mais um filhote atesta a qualidade do programa de conservação da Itaipu e contribui no esforço de preservação da espécie, que é típica de áreas de várzeas e margens dos rios na América do Sul. Adulto, o animal pode pesar até 150 quilos e chegar a dois metros de comprimento e 1,70 centímetros de altura. No Refúgio, o plantel é composto por quatro animais.