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Judas surrado neste sábado (foto: Valquir Aureliano)

O Sábado de Aleluia, localizado entre a Sexta-Feira Santa e o Domingo de Páscoa, é tradicionalmente o dia de “malhar o Judas”. No caso, o dia é este sábado (30). Mas de onde vem essa tradição?

A tradição é ligada aos ritos da Páscoa cristã. Comunidades se unem para confeccionar, pendurar em postes e queimar bonecos em alusão à figura de Judas Iscariotes. Judas era um dos 12 apóstolos e teria sido quem delatou aos romanos onde estava Jesus. Pela delação, ele recebeu 30 dinheiros. Jesus acabou capturado para depois ser crucificado. Judas enforcou-se antes da execução de Jesus. Mesmo assim, seu nome virou sinônimo de “traidor”.

A Malhação de Judas foi introduzida na América Latina pelos espanhóis e portugueses. Além do Brasil, é também realizada em diversos outros países, sempre no Sábado de Aleluia. Consiste em surrar um boneco do tamanho de um homem, forrado de serragem, trapos ou jornal, pelas ruas de um bairro e atear fogo a ele, normalmente ao meio-dia.

Cada país realiza a tradição de um modo, sendo que alguns queimam os bonecos em frente a cemitérios ou perto de igrejas. No Brasil, é comum enfeitar o boneco com máscaras ou placas com o nome de políticos, técnicos de futebol ou personalidades mal vistas pelo povo.