Saiba quais os caminhos para uma mulher ingressar no Exército

Rodolfo Luis Kowalski

Franklin de Freitas

O Coronel Paulo Henrique Maier e a Tenente-Coronel Engenheira Militar Cristina Fleig Mayer explicam que existem hoje duas formas principais de se ingressar no Exército: como militar de carreira ou então como militar temporário.

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Para virar um militar de carreira, é preciso prestar concurso público. O Instituto Militar de Engenharia, por exemplo, realiza concursos anuais, primeiro para estudantes que estão terminando o ensino médio e querem se formar na área, e depois, conforme as necessidades, também para profissionais já formados. Outras opções são a Escola de Formação Complementar do Exército, em Salvador, que realiza concursos para outras áreas, como veterinária, magistério, administração, direito, contabilidade e economia, e a Escola de Saúde, para médicos, dentistas, farmacêuticos e outros profissionais.

Por fim, tem a Escola de Sargentos e Logística, no Rio de Janeiro, que aceita também pessoas com formações técnicas, e mais recentemente a Academia Militar dos Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), também passou a aceitar mulheres – a primeira turma com elas se forma no ano que vem.

Além dos concursos públicos para carreira militar, outra opção é o processo seletivo para militares temporários (sargentos e técnicos temporários). As inscrições abrem anualmente entre os meses de julho e agosto e o processo tem validade de um ano. Todas as regiões militares realizam esse processo.

“É um banco de dados e vamos chamando conforme as necessidades que vão surgindo. Aí é para as mais diversas áreas: direito, administração, nutrição, jornalismo, contabilidade, médico, dentista, veterinário, assistente social, engenheiro…”, comenta o Coronel Maier. “Inscreveu, está habilitado. Aí vale a apresentação de títulos, então prevalece a meritocracia, e também tem um teste físico e apresentação de exames médicos. São contratos feitos ano a ano, podendo chegar a até oito anos.”