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Amanhecer com tons alaranjados apontam presença de poluição no céu de Curitiba nesta manhã de segunda-feira, 9 de setembro. (Ana Ehlert)

Esta a segunda-feira, 9 de setembro, chegou já abafada em Curitiba. Antes das 7 horas da manhã os termômetros de rua na região do o Centro Cívico já marcavam 18ºC. O sol surgiu em tons alaranjados, anunciando mais um dia de névoa causada pela fumaça, ou seja, o ar segue com a presença de muita poluição.

À tarde a previsão é de 31ºC de máxima para Curitiba e 37ºC para Maringá, 38ºC para Loanda e Querência do Norte, no Noroeste do Paraná. Apenas para o Litoral as máximas previstas ficam abaixo dos 30ºC, com 24ºC para Paranaguá.

Cor laranja do sol é sinal de poluição

A cor mais alaranjada do que o comum ocorre porque a frequência vermelha, emitida pelo Sol, tem menor interação com as partículas de poluição, como poeira e fumaça. Daí o tons alaranjados e vermelhos em dias de maior secura e poluição do ar.

O calor e o tempo seguem e, por conta disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas, um amarelo para baixa umidade relativa do ar, que deve ficar abaixo dos 30% na Região de Curitiba.

O outro é uma alerta laranja é para onde de calor. As temperaturas devem ficar em média 5 graus acima da média em praticamente todo o Paraná. Apenas a faixa litorâneo está fora o alerta.

O fim de semana já foi marcado por calor intenso. São Paulo registrou a segunda maior temperatura deste ano e em Curitiba, a tarde do domingo, 8 de setembro, foi a terceira mais quente do ano até agora, segundo o instituto Climatempo.

O noroeste e o oeste do Paraná tiveram calor superior a 39°C. Mas muitos outros estados brasileiros registraram temperaturas entre 37°C e 39°C durante o fim de semana. 

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Tempo seco pode ter alívio no fim de semana

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O tempo segue seco e quente até sexta-feira, 13 de setembro, em todo o Paraná. No sábado, 14 de setembro, o dia deve ficar mais ameno com temperatura oscilando entre 17ºC e 28ºC com possibilidade de chuva para Curitiba, segundo mapa do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Mas até lá, a previsão é de que os dias sigam quentes em todo o estado. A massa de ar seco e quente deixa as condições favoráveis ao aumento de risco de queimadas no estado, principalmente em função da baixa umidade e dos altos valores de temperatura no decorrer da tarde.

Com a secura o tempo, o risco de incêndios ambientais é grande. O que eleva ainda mais má qualidade do ar. Em Curitiba, a poluição causada pela fumaça das queimadas no Norte e Centro-Sul tem deixado o céu da Capital com uma grande camada de névoa e insalubre a qualidade do ar.

Neste último domingo, 8 de setembro, de acordo o The Weather Channel, a quantidade de partículas de poluição PM2.5, que é um particulado fino presente no resultado da queimadas, estava em 167, ou seja, 75,48 µg/m³

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que a concentração anual média de PM2.5 não deve ultrapassar 5 µg/m³ para minimizar riscos à saúde.

Além do tempo seco, o fluxo dos ventos, em altitude, mantém o transporte de material particulado, ou seja, permanece a névoa provocada pela fumaça das queimadas da Amazônia, Pantanal, Bolívia e Paraguai em direção ao Sul do Brasil.