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Imagem ilustrativa (Foto: Tania Rêgo/ABr)

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou, nesta segunda-feira (16/9), que uma mulher de 32 anos precisou de transplante hepático em decorrência da Hepatite A. O boletim epidemiológico da Hepatite A registrou mais 11 casos da doença no período de uma semana, entre 6 e 13/9, sendo nove diagnósticos desse período e dois de semanas anteriores, de pacientes atendidos em serviços privados.

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No total, de janeiro a 13 de setembro, o surto de Hepatite A em Curitiba contabiliza 503 casos, cinco óbitos e dois transplantes hepáticos em decorrência da doença. A faixa etária mais prevalente é de 20 a 29 anos. São 369 homens (73,3%) e 134 mulheres (26,7%).

“A Hepatite A em adultos tende a ser mais grave do que em crianças, quadro que tem se confirmado no surto registrado em Curitiba, por isso é essencial que as pessoas adotem atitudes preventivas para evitar a contaminação”, alerta o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira.

Dos 503 casos confirmados, 297 foram internados em leitos hospitalares (59%) e 13 (2,5%) precisaram de cuidados intensivos em UTI.

Como ação de bloqueio, a SMS aplicou 257 doses da vacina contra a Hepatite A em contatos familiares e sexuais daqueles que tiveram a confirmação do diagnóstico nos últimos 15 dias.

Vacina da Hepatite A


A vacina contra Hepatite A faz parte do calendário infantil de imunização pelo SUS, aplicada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos. Está disponível em 107 Unidades de Saúde de Curitiba. Os endereços podem ser conferidos no site Imuniza Já Curitiba – https://imunizaja.curitiba.pr.gov.br/
Para adultos, a vacina contra Hepatite A também está disponível em clínicas particulares, além de ser oferecida pelo SUS nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE – Rua Barão do Rio Branco Esq. com André de Barros, 465) para pessoas com as seguintes condições:
• Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
• Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística (mucoviscidose);
• Pessoas vivendo com HIV;
• Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
• Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, ou transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
• Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de transplantes.

Além da vacinação, a SMS recomenda a adoção de medidas preventivas para evitar a transmissão da doença, principalmente com relação às práticas sexuais, foco mais evidente das contaminações do atual surto da doença.

Prevenção nas relações sexuais
A principal forma de prevenção é a higiene, tanto na lavagem das mãos com água e sabão antes de comer e depois de ir ao banheiro, como nas práticas sexuais, que precisam de cuidados de higiene e também devem ser protegidas.
• Uso de preservativo interno ou externo nas relações sexuais;
• Higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
• Higienização de vibradores, plugs anais e vaginais ou outros acessórios utilizados para as práticas sexuais;
• Utilização de barreiras de látex durante o sexo oro/anal e luvas/dedeiras de látex para práticas como dedilhado ou “fisting”;
• Lavar constantemente as mãos: depois das relações sexuais, após o uso do sanitário e, principalmente, antes do preparo de alimentos e de se alimentar.