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O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) negou pedido liminar de habeas corpus ao médico ginecologista e obstetra Felipe Sá, suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 41 mulheres, em Maringá, no Noroeste do Paraná. Ele está preso desde 15 de junho. A decisão foi proferida pela desembargadora Maria José de Toledo Marcondes Teixeira, da 5° Câmara Criminal. “A prisão temporária faz-se impositiva diante da imprescindibilidade da medida para as investigações do inquérito policial, pois conforme pontuado pelo magistrado a quo a medida é indispensável para possibilitar a localização de fontes de provas e garantir a continuidade das investigações, haja vista que presentes relevantes elementos indiciários da existência de outras vítimas e receios de prestarem declarações em desfavor do investigado”, disse a desembargadora.

Na reta final das investigações, o inquérito conta com 36 depoimentos de vítimas e outras cinco mulheres foram identificadas, mas não se sentiram confortáveis para falar sobre o caso. O médico deve ser interrogado na próxima semana, segundo informações da polícia. O delegado Dimitri Tostes Monteiro, responsável pelas investigações, diz que espera concluir o inquérito no máximo em duas semanas.

O médico é investigado por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável contra pacientes. Entre elas, estão ex-alunas dele no curso de Medicina de uma universidade particular, onde Sá dava aulas.


O profissional foi preso no próprio consultório, local em que, segundo a polícia, os crimes aconteciam. Segundo a investigação, Sá tentava criar um ambiente seguro para as mulheres para cometer os abusos. Ele também usava a hipnose para cometer os crimes.