Seis anos depois do congelamento dos planos de carreira de Curitiba, os vereadores da capital restabeleceram, ontem, a progressão salarial dos funcionários públicos da cidade. Os parlamentares votaram pela terceira vez os projetos de lei no dia de hoje, em regime de redação final, apenas para consolidar os textos alterados ontem por emendas.
Os planos de carreira receberam substitutivos e emendas, com melhorias às propostas do Executivo. Por exemplo, dobrou o percentual de servidores que serão contemplados pelo crescimento horizontal e quadruplicou os que serão beneficiados pelo crescimento vertical, além dos vereadores emplacarem proteção ao direito de avanço aos funcionários afastados por doença grave ou acidente de trabalho e o pagamento a todos de uma bonificação de 2,8%.
Passaram por três sessões de deliberação, de segunda a quarta-feira, o plano geral e os específicos do magistério, da educação infantil, da Guarda Municipal, dos auditores e dos procuradores. Agora as versões consolidadas desses projetos serão enviadas ao prefeito Rafael Greca, para sanção e publicação no Diário Oficial do Município, passando a valer logo em seguida. No caso de veto, a CMC terá que votar o projeto em questão mais uma vez.
Negociação – “Fiz tudo que estava ao meu alcance para posicionar esta Câmara como um ator central, para que ela fosse protagonista no debate, sem suprimir a voz de nenhum dos lados”, afirmou Marcelo Fachinello (Pode), presidente do Legislativo. “Realizamos incontáveis reuniões com os sindicatos e isso foi reconhecido, ontem, pelas vereadoras Giorgia Prates e Professora Josete (do PT). Nessas reuniões, foram ouvidos todos os lados e todas as pessoas que procuraram a instituição. A gente sabe que daqui para fora, e até aqui dentro, muita gente vai criticar, vai falar mal dos vereadores, mas sabemos que ninguém pode reclamar de falta de lisura, de lealdade ou de caráter democrático”, defendeu ele.