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Candidatos se cumprimentam pouco antes de começar o ‘acalorado’ debate da Band: mais um encontro acontece neste final de semana (Foto: Franklin de Freitas)

Faltando pouco mais de uma semana para o 2º turno da eleição municipal (que acontece no dia 27/10, domingo), a cena política de Curitiba terá um final de semana agitado. Para o sábado (19/10), está programada a divulgação de três diferentes pesquisas que analisam a disputa pela Prefeitura de Curitiba. E ainda no mesmo dia, a RICtv promove mais um debate entre Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD), adotando um formato que permitirá aos candidatos se confrontar diretamente.

Começando pelas sondagens eleitorais, são três as pesquisas programadas para serem divulgadas no próximo sábado, conforme o sistema PesqEle, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um desses levantamentos foi feito pela Quaest e encomendado pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC). Os outros dois já foram realizados pela IRG e pela Radar Inteligência. E o Bem Paraná divulgará o resultado de cada uma das sondagens em seu site ao longo do dia, conforme cada levantamento seja divulgado.

Nesta semana, inclusive, já foi divulgado o resultado de uma pesquisa de intenção de voto da AtlasIntel, na última quarta-feira. O estudo mostrou Eduardo Pimentel na frente de Cristina Graeml, com 49% x 44,9%. 0,9% dos eleitores ainda declararam não saber em quem votar, enquanto outros 5,3% afirmaram que votariam em branco ou nulo. A diferença entre os candidatos, no entanto, estaria dentro da margem de erro do estudo, de três pontos para mais ou para menos.

Ou seja, a disputa segue acirrada, com empate técnico entre os candidatos.

Promessa de mais um debate acalorado

No mesmo dia em que devem ser divulgadas as três pesquisas, a RICtv/Record promove mais um debate (o segundo neste segundo turno) com os candidatos a prefeito de Curitiba. O evento acontece a partir das 21 horas e será transmitido ao vivo pela emissora (no canal 7.1) e pela rádio Jovem Pan News (frequência 107.1). O Bem Paraná também estará na cobertura do evento, mostrando tudo o que acontece desde antes do início da transmissão na TV e no rádio.

O encontro será mediado por Marc Souza e adotará um formado que promete, nas palavras do jornalista Carlos Aros, diretor de conteúdo do Grupo RIC, apresentar uma dinâmica mais ágil e com embates diretos.

Dessa forma, cada candidato terá um “banco de tempo”, que é disparado na medida em que cada um vai falando. No 1º e 3º blocos, tanto Graeml quanto Pimentel terão, cada um, 10 minutos, que devem ser usados para as perguntas, respostas, debates e comentários. Já no 2º e 4º blocos, haverá duas rodadas de 10 minutos (5 minutos para cada candidato), com debates acerca de temas sorteados pelo mediador do encontro. Além disso, no quarto bloco também haverá espaço para as considerações finais de cada um.

Como foi o primeiro debate entre os candidatos

O primeiro debate no segundo turno entre Cristina Graeml e Eduardo Pimentel foi realizado na noite da última segunda-feira (14/10) e foi marcado, principalmente, pela troca de acusações e de farpas entre os dois políticos.

De um lado, Cristina buscou criticar a atual gestão da Prefeitura de Curitiba e o governo do Estado (Ratinho Jr, governador do Paraná, é do mesmo partido de Pimentel, o PSD). Também recordou as alianças feitas pela campanha de seu adversário, as denúncias de assédio eleitoral no âmbito da Prefeitura de Curitiba e até tentou taxar Pimentel como alguém de esquerda, associando-o ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Do outro, Pimentel tratou de recordar as posições de Cristina sobre as vacinas durante a pandemia de Covid-19 e criticou sua agressividade nos debates e uma suposta falta de propostas para a cidade. Também lembrou os processos contra o candidato a vice do PMB, Jairo Ferreira Filho, que é investigado por estelionato, e as investigações contra a própria candidata, acerca duma possível ocultação de bens.

Um dos momentos mais marcantes, no entanto, foi quando Pimentel entrou no tema do transporte coletivo e citou uma proposta do plano de governo de Cristina, que previa a cobrança de tarifa de ônibus conforme a quilometragem a ser percorrida. Uma iniciativa que poderia fazer moradores de bairros mais distantes (como o Tatuquara) pagar uma passagem mais cara do que aqueles que moram em bairros mais centrais (como o Batel). Algo que Cristina respondeu dizendo que estimularia aqueles que moram em lugares mais periféricos a empreender e trabalhar onde já vivem.