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A prefeitura de Curitiba: novo ocupante em 2024 (Luiz Costa / SMCS)

Faltam dois meses e meio para as eleições de 2024, marcadas para 6 de outubro. Nos bastidores, já há algum tempo foi dada a largada para a corrida eleitoral que definirá o novo prefeito de Curitiba. Mas nas próximas semanas, com a realização das convenções partidárias, a disputa entrará em um momento de definição. Definição sobre as candidaturas que seguirão em frente e as alianças que serão formadas.

Hoje, 11 pré-candidaturas estão postas na mesa: Andrea Caldas (PSOL), Beto Richa (PSDB), Cristina Graeml (PMB), Eduardo Pimentel (PSD), Goura (PDT), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (União Brasil), Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU).

Alguns desses nomes, no entanto, devem ser limados em breve da disputa, com a realização das convenções partidárias, que começaram a ocorrer no último sábado (20 de julho). Nesses eventos — que devem ser realizados até 5 de agosto —, os filiados a cada partido político se reúnem (presencial ou virtualmente) e escolhem os candidatos a uma eleição ou também aprovam uma eventual coligação (união de dois ou mais partidos, a fim de disputarem eleições majoritárias).

No sábado (20), por exemplo, a Federação Brasil da Esperança (que reúne PT, PCdoB e PV) realizou sua convenção municipal, na sede da Fetraconspar. Na ocasião, foi oficializado o apoio das siglas à Luciano Ducci (PSB) na disputa pelo cargo de prefeito de Curitiba. Antes, três pré-candidatos do PT chegaram a se apresentar: Carol Dartora, Felipe Magal e Zeca Dirceu.

Já no próximo sábado (27), mais uma importante convenção será realizada: a do PDT, que tem hoje Goura como pré-candidato. O PDT no Paraná, inclusive, já deliberou favoravelmente à aliança com Ducci, mas em municípios com mais de 200 mil habitantes a definição de candidatos e alianças deve passar por aprovação também da executiva nacional do partido. Por isso, Roberto Requião (Mobiliza) ainda tenta atravesssar a negociação entre o PDT de Curitiba e do Paraná e o PSB.

Em 3 de agosto, o PP, que tem Maria Victoria como pré-candidata, faz também sua convenção. O partido ainda poderia se aliar com a candidatura de Eduardo Pimentel, abrindo mão de um nome próprio. Já o PSDB (e o Cidadania, com quem os tucanos formam uma federação) deixou para o último dia do prazo (5 de agosto) a realização do encontro que pode oficializar o ex-governador e hoje deputado federal Beto Richa como candidato aprefeito.

Quem será o candidato de Bolsonaro?
Em breve também se deve descobrir quem será o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro em Curitiba – Lula e o PT embarcaram na candidatura de Ducci. A expectativa é que o PL e seu maior nome apoiem o pré-candidato do PSD, Eduardo Pimentel, inclusive com possibilidade de Paulo Martins ser indicado vice da chapa. Mas na última semana Cristina Graeml (PMB) participou de um encontro com Bolsonaro e um de seus filhos, Flávio (senador). Ao ser questionada sobre a reunião, a pré-candidata fez mistério sobre o encontro, gerando alguma expectativa acerca da possibilidade de uma reviravolta.

O favorito que ficou pelo caminho
Ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagol (Novo) chegou a se colocar como pré-candidato e apareceu bem posicionado nas primeiras sondagens eleitorais. Diante da falta de apoios e do risco de ser declarado inelegível pela Justiça Eleitoral caso tivesse sua candidatura questionada por algum concorrente, no entanto, o político resolveu recuar e se retirar da disputa. Hoje, está na mesma trincheira que Eduardo Pimentel.

A mais recente pesquisa eleitoral
Foi divulgada no dia 5 de julho, pela Band Paraná, e realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas. O levantamento, que entrevistou 800 eleitores e possui margem de erro de 3,5 pontos porcentuais (para mais ou para menos), mostra Eduardo Pimentel na frente, com 24,1%. Na sequência, tecnicamente empatadas na segunda posição, estavam Luciano Ducci (14,9%), Ney Leprevost (13,6%), Roberto Requião (12,4%) e Beto Richa (10,1%).

Ney: pré-candidato e cobiçado
Nesta semana, em sabatina do UOL e da Folha de S. Paulo, Eduardo Pimentel disse que quer formar aliança com o maior número de partidos possível e citou, além de PP e PL, o União Brasil como um possível aliado. O partido, no entanto, tem Ney Leprevost como pré-candidato e o deputado estadual garante que sua candidatura é irreversível.
A deputada federal Rosângela Moro, esposa do senador e ex-juiz Sergio Moro, poderia ser confirmada em breve como vice na chapa, inclusive.