A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) repetiu, na noite desta segunda-feira, 22, que o convite ao apresentador José Luiz Datena (PSDB) para ingressar em sua chapa como candidato a vice continua mantido. Segundo a deputada, não é sua sigla que vai “voltar atrás” no compromisso firmado com o PSDB.

“A gente se acostuma na política, infelizmente, com descumprimento de acordo, mas não deveria ser normal”, afirmou. “Não é o PSB que vai mudar de palavra, que vai voltar atrás. Se o Datena desistir da candidatura e o PSDB entender que ainda faz sentido estar nesse projeto, a gente volta a sentar”, completou.

A pré-candidata, no entanto, disse que a sigla já estuda outros nomes para a vaga, sem dar mais detalhes sobre quem seria a escolha. “O PSB tem grandes quadros”, se limitou a dizer.

No início da campanha, quando Datena ingressou no PSB, ele recebeu o convite para a vaga. O apresentador se esquivou do tema durante meses até ir para o PSDB, no qual o acordo era que ele trouxesse os tucanos para a campanha da deputada. No entanto, o partido optou por ter Datena como cabeça de chapa. A candidatura, porém, ainda é vista com ceticismo devido ao histórico de desistências do apresentador com relação a política.

A declaração de Tabata ocorreu em entrevista coletiva de imprensa após a apresentação do primeiro episódio de uma websérie biográfica sobre ela. O primeiro episódio foi apresentado no cinema REAG Belas Artes, no centro da cidade.

Com a ideia de mostrar a história da pré-candidata, que vai oficializar seu nome na corrida no próximo dia 27, o material terá 10 episódios que tratarão da sua vida e projetos.

O primeiro episódio foi sobre seu pai, e ocorre pouco tempo após o pré-candidato Pablo Marçal (PRTB) ter insinuado que ele teria se suicidado em decorrência da ida de Tabata para estudar em Harvard, nos Estados Unidos.

De acordo com a própria pré-candidata, seu pai era bipolar, não foi diagnosticado e nem tratado, se tornou alcoólatra e também usou crack. Durante a apresentação, Tabata afirmou que o timing foi uma coincidência, e que a ideia é também controlar a narrativa da própria história.