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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cerca de dois meses das eleições municipais e em plena campanha eleitoral, o brasileiro começa a definir seus candidatos. Entre as preferências, a religião ganha espaço como critério e é citada como pouco importante ou não importante para 62% dos eleitores. No Sul esse índice vai a 73%. Essa é uma das conclusões da última pesquisa Observatório FEBRABAN, que, entre outros aspectos, levantou o perfil ideal dos candidatos pela população para as próximas eleições.

Os que defendem a religião do candidato como importante para a escolha do voto alcançam 23%, e os que responderam que ela é muito importante somam 13%. Em contrapartida, 14% consideram a religião pouco importante e 48% afirmam que ela não tem importância para a escolha do candidato.

Regionalmente, o Centro-Oeste (42%), seguido de Norte e Nordeste (39%), Sudeste (38%) e Sul (24%) consideram a religião como importante ou muito importante na escolha do candidato. A região Sul (73%) entende que a religião é pouco ou nada importante na decisão do voto, seguido de Nordeste e Sudeste (59%), Norte (57%) e Centro-Oeste (56%).

Aqueles que disseram ser indiferentes ao fato de seu candidato ser da mesma religião representam 81%. Outros 16% disseram preferir candidatos que professem a mesma religião.

A pesquisa perguntou ainda sobre o sexo do candidato. Para 63% dos entrevistados, ser homem ou mulher é indiferente como fator de escolha do voto a prefeito. Outros 21% preferem candidatos homens e 14%, mulheres. 

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos brasileiros quer renovação na hora de escolher o novo prefeito: 39% querem alguém que tenha experiência política, mas que não tenha sido prefeito ainda; e outros 24% dizem preferir alguém que seja novo na política. Somando as duas alternativas, 63% dos eleitores apostam em um novo nome na Prefeitura. Aqueles que preferem um candidato que já tenha sido prefeito são 25%.

“As eleições municipais são as que têm maior preocupação do eleitor com sua realidade. Isso aumenta o entendimento de que é preciso ser muito responsável na escolha de representantes que irão executar as políticas e ações que afetam suas comunidades nos próximos anos”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE. 

Sobre o Observatório FEBRABAN – O levantamento inédito procura investigar o que pensam os brasileiros sobre o grau de envolvimento da população com as campanhas, as opiniões sobre as Fake News no contexto eleitoral e as formas pelas quais as pessoas se informam sobre o pleito eleitoral. Traz ainda a avaliação da população sobre o trabalho de seus atuais prefeitos e vereadores.