Com o encerramento do prazo para a realização de convenções, o eleitor paranaense começa a conhecer quais serão os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador na Eleição Municipal que se aproxima. E em Curitiba, a grande maioria dos parlamentares na Câmara Municipal deve buscar um novo mandato, tentando a reeleição. É o que revela um levantamento exclusivo feito pelo Bem Paraná, o qual aponta que 35 dos 38 vereadores curitibanos devem buscar um novo mandato.
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Na última segunda-feira, encerrou-se o prazo para que partidos políticos e federações realizassem as convenções para a escolha de seus candidatos nas Eleições 2024. Contudo, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral. Para descobrir, então, quantos e quais dos 38 vereadores curitibanos buscariam a reeleição, o Bem Paraná consultou as redes sociais de cada um dos parlamentares. Quando necessário, também foi feito contato com os políticos ou suas equipes.
O resultado foi que 35 dos 38 parlamentares deve buscar a reeleição em outubro próximo. Ou seja, 92% dos vereadores irão atrás de um novo mandato.
São esses os casos de: Alexandre Leprevost (União), Amália Tortato (Novo), Angelo Vanhoni (PT), Beto Moraes (PSD), Bruno Pessuti (Pode), Dalton Borba (Solidariedade), Eder Borges (PL), Ezequias Barros (PRD), Giorgia Prates (PT), Hernani da Silva (Republicanos), Indiara Barbosa (Novo), João da 5 Irmãos (MDB), Jornalista Márcio Barros (PSD), Leonidas Dias (Pode), Marcelo Fachinello (Pode), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV), Mauro Bobato (PP), Mauro Ignácio (PSD), Noemia Rocha (MDB), Nori Seto (PP), Oscalino do Povo (PP), Osias Moraes (PRTB), Pastor Marciano Alves (Republicanos), Pier Petruzziello (PP), Professor Euler (MDB), Rodrigo Reis (PL), Sabino Picolo (PSD), Salles do Fazendinha (Rede), Sargento Tânia Guerreiro (Pode), Serginho do Posto (PSD), Sidnei Toaldo (PRD), Tico Kuzma (PSD), Toninho da Farmácia (PSD) e Zezinho Sabará (PSD).
Saiba quem são os vereadores que não concorrerão à reeleição
Os três parlamentares que não irão atrás de um novo mandato, por sua vez, são Herivelto Oliveira (Cidadania), Professora Josete (PT) e Tito Zeglin (MDB).
Vereador em segundo mandato, Herivelto Oliveira já havia anunciado no fim de maio que não participaria do pleito. Segundo ele, a decisão tem a ver com o desejo por mudanças de ares. “Pode ser que eu vá para a Assembleia, já que sou suplente de deputado, e também pode ser que eu vá para o Executivo. Vamos trabalhar firmemente na campanha do Eduardo Pimentel e existe uma possibilidade de ir pro Executivo”, afirmou o parlamentar, que em junho chegou a assumir a Prefeitura de Curitiba após o prefeito Rafael Greca e o vice Pimentel viajarem, tornando-se o segundo prefeito negro na história curitibana. Antes dele, apenas o médico Antenor Pamphilo dos Santos chegou a comandar a cidade, também de maneira interina, em 1948.
A professora Josete, por sua vez, anunciou ainda no começo do ano que seu ciclo na Câmara Municipal estava se encerrando, após cinco mandatos e quase duas décadas no Poder Legislativo. “É hora de dar lugar para novos quadros. O Partido dos Trabalhadores tem companheiras e companheiros preparados para dar continuidade a essa luta”, escreveu a vereadora na ocasião, esclarecendo ainda que não estava se aposentando, mas apenas deixando a vereança. “Vou seguir semeando a esperança ao lado de tanta gente de luta que sempre confiou no meu trabalho e no da minha equipe”, garantiu ainda ela.
Já Tito Zeglin, que está em seu nono mandato como vereador (foi eleito pela primeira vez em 1983), confirmou ontem ao Bem Paraná que estará fora do páreo, abrindo espaço para que seu herdeiro conquiste uma cadeira no Legislativo. “Só o meu filho, Tiago Zeglin, que é pré-candidato desta vez”, confirmou o parlamentar, que é o decano da Câmara Municipal.
A cada eleição, quase metade dos parlamentares deixa a Câmara
Nas últimas três eleições (2012, 2016 e 2020), quase metade dos vereadores acabou sendo trocada pelos eleitores curitibanos em cada pleito.
Em 2012, por exemplo, 18 caras novas acabaram sendo eleitas para o Poder Legislativo. Isso significa que 47% (quase metade) dos vereadores acabaram sendo renovados naquele pleito.
Na eleição seguinte, essa taxa de renovação foi de 39,5%, com mudança em 15 dos 38 assentos na Câmara Municipal. E em 2020, voltou a ficar em 47%, já que 20 dos 38 vereadores conseguiram se reeleger na ocasião.
15 deputados vão disputar a eleição majoritária
Além dos representantes do Poder Legislativo, os paranaenses também irão às urnas para decidir os novos prefeitos e vice-prefeitos das 399 cidades do Paraná. E a eleição majoritária para o Poder Executivo também deve mexer com a rotina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep-PR) e da Câmara dos Deputados. Isso porque pelo menos 15 deputados estaduais ou federais já foram confirmados como pré-candidatos a prefeito ou vice-prefeito em 2024.
Nos municípios de Londrina (no norte do Paraná) e Ponta Grossa (nos Campos Gerais), por exemplo, deve haver embate entre parlamentares na disputa pela Prefeitura.
Na primeira cidade, os deputados estaduais Tercílio Turini (MDB) e Tiago Amaral (PSD), além do deputado federal Diego Garcia (Republicanos), estão no páreo.
Na segunda, os deputados estaduais Mabel Canto (PSDB) e Marcelo Rangel (PSD), junto com o deputado federal Aliel Machado (PV), são os “parlamentares prefeituráveis”.
Em Curitiba, a disputa eleitoral terá os deputados estaduais Maria Victoria (PP) e Ney Leprevost (União) e o deputado federal Luciano Ducci (PSB) como candidatos a prefeito. Além deles, o deputado estadual Goura (PDT) disputa como vice na chapa de Ducci.
Os outros parlamentares já confirmados como pré-candidatos a prefeito na eleição majoritária são: os deputados estaduais Marcel Micheletto (do PL, que vai concorrer em Assis Chateaubriand), Dr. Antenor (do PT, que vai disputar em Guarapuava), Douglas Fabrício (do Cidadania, que disputará em Campo Mourão) e Marcio Pacheco (do PP, que vai tentar em Cascavel); e o deputado federal Geraldo Mendes (União), que vai concorrer em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Há, ainda, o caso da deputada federal Rosangela Moro, que é candidata a vice na chapa a prefeito de Curitiba encabeçada por Ney Leprevost. A esposa do senador Sergio Moro, no entanto, foi eleita em 2020 por São Paulo, e não pelo Paraná.
