No Rio, Ramagem aposta em Bolsonaro para manter disputa contra Paes no segundo turno

Estadão Conteúdo

Em uma campanha marcada pelo amplo favoritismo do prefeito Eduardo Paes (PSD) nas pesquisas de intenção de voto à prefeitura do Rio de Janeiro, o principal opositor do atual mandatário, o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL), cultiva, nesta reta final da disputa, a esperança de chegar ao segundo turno das eleições municipais com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciou a campanha pelo Palácio da Cidade com números tímidos – menos de 10% das intenções da voto. Nas duas últimas semanas, Ramagem reagiu. Chegou a 22%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 3, e acendeu um alerta na equipe de Paes.

Em uma campanha marcada pelo amplo favoritismo do prefeito Eduardo Paes (PSD) nas pesquisas de intenção de voto à prefeitura do Rio de Janeiro, o principal opositor do atual mandatário, o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL), cultiva, nesta reta final da disputa, a esperança de chegar ao segundo turno das eleições municipais com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciou a campanha pelo Palácio da Cidade com números tímidos – menos de 10% das intenções da voto. Nas duas últimas semanas, Ramagem reagiu. Chegou a 22%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 3, e acendeu um alerta na equipe de Paes.

Enquanto Paes busca manter os índices acima dos 50% das intenções de voto e estancar uma trajetória descendente nas pesquisas, Ramagem dobra a aposta na estratégia de se associar ao ex-presidente para ganhar fôlego na cidade berço do clã Bolsonaro. O capitão reformado do Exército desembarcou na capital fluminense a três dias das eleições e promete “colar” no apadrinhado para garantir o reduto eleitoral do bolsonarismo.

Para Bolsonaro, a eleição de Ramagem “é uma luta difícil”, como afirmou em uma agenda de campanha em Angra dos Reis, no litoral fluminense, nesta quarta-feira, 2. O ex-presidente, no entanto, mantém a confiança: “Vamos tentar fazer com que haja segundo turno. Eu acredito que é possível”.

Já Paes aposta na continuidade da atual gestão e no recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País. Ele concorrerá ao quarto mandato para comandar a capital fluminense. Durante a campanha, o prefeito se contrapôs ao governador Cláudio Castro (PL) em uma estratégia para desconstruir a principal narrativa dos adversários bolsonaristas na disputa: o apelo pela segurança pública.

Ao associar Ramagem à política de segurança pública tocada por Castro no governo do Estado, Paes minou a principal arma do deputado, que é a exploração da ligação com Bolsonaro. O foco do candidato do PSD foi desnacionalizar a campanha e evitar uma disputa “Lula x Bolsonaro” em âmbito municipal no berço do bolsonarismo no País.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio à reeleição de Paes, mesmo após uma tentativa fracassada de emplacar o candidato a vice do prefeito. Durante inauguração do Terminal Gentileza, que recebeu aporte e financiamento do governo federal, em fevereiro deste ano, Lula afirmou que espera que as pessoas saibam diferenciar a gestão de Paes de quem “fala bobeira e asneira” e acrescentou que os eleitores não podem “votar num imbecil”.

Na terceira colocação na disputa, corre por fora o deputado federal Tarcísio Motta, do PSOL. Ele buscou angariar o apoio da esquerda carioca, mas viu Paes ganhar um apoio de peso entre os progressistas, o de Lula. Ex-vereador do Rio e candidato duas vezes ao governo do Estado, Tarcísio conta com o apoio de alas do PT, partido que integrará a base de Paes.