Vencedores do primeiro turno da eleição municipal em Curitiba, Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) estarão frente a frente para um debate no segundo turno do pleito pela primeira vez nesta segunda-feira (14 de outubro). O encontro, que será promovido pela Band Paraná, terá início às 22h30 e será transmitido ao vivo, com mediação da jornalista Alessandra Consoli.
No dia 6 de outubro (quando foi realizado o primeiro turno da eleição municipal), Pimentel acabou saindo como o vencedor. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o atual vice-prefeito obteve 33,51% dos votos válidos (com 313.347 votos), enquanto Graeml somou 31,17% (291.523 votos). A jornalista, no entanto, foi a grande surpresa da disputa, após uma ascensão meteórica nas últimas semanas antes do pleito.
Além disso, se no primeiro turno 10 candidatos participavam da corrida eleitoral, agora o embate entre os políticos será frontal. Uma situação que promete tornar os debates não só mais emocionantes, mas também mais decisivos para a definição de votos para um ou para outro lado. Algo fundamental numa disputa que, pelo menos até aqui, promete ser bastante equilibrada.
Como funcionará o debate
O debate na Band Paraná seguirá o padrão nacional, com banco de tempo para cada candidato. No primeiro bloco do programa, os políticos terão 12 minutos para debater livremente, sendo que o candidato que iniciará a discussão será sorteado, com o tempo sendo pausado automaticamente assim que ele interromper sua fala.
O segundo bloco já será destinado a perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. A pergunta deverá ser feita em 30 segundos, com um minuto e meio para cada resposta e mais um minuto para a réplica e outro minuto para a trélica.
E finalmente, no terceiro bloco, o formato será o mesmo do bloco inaugural, com 24 minutos de debate, divididos igualmente entre os dois candidatos.
Promessa de ‘clima quente’
Com uma disputa eleitoral tão acirrada, a expectativa é por um debate quente amanhã. E os episódios da última semana são um indicativo disso.
Na quinta-feira (10 de outubro), por exemplo, Graeml e Pimentel participaram da assinatura de um pacto por paz nas eleições 2024, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). E na saída da solenidade, ao conversar com a imprensa, ambos já “partiram pro ataque”. A candidata do PMB, por exemplo, recordou o suposto caso de assédio eleitoral no âmbito da Prefeitura de Curitiba, noticiado pelo jornal Metrópoles. Pimentel, por sua vez, assegurou que não deixaria “nenhuma agressão, nenhum ataque” sem resposta. E os dois também acusaram ser vítimas de ‘fake news’.
“Eu estou sofrendo muitos ataques de disparos em massa no WhatsApp, muitas calúnias, cerca de 5 a 10 por dia, e eu não tenho nem condição de me defender, porque a gente não sabe quem é que está acusando”, afirmou Graeml aos jornalistas. “Eu vou responder à altura caso eu seja agredido com alguma fake news ou desinformação. Porque no primeiro turno, nos últimos 15 dias, eu sofri ataques, sim, com fake news e com desinformações, principalmente nas redes sociais. E isso influenciou no primeiro turno”, disse, por sua vez, Pimentel.