Sabatina Bem Paraná: “Sinto um certo preconceito do curitibano com quem é da região metropolitana”, diz Luizão

Redação Bem Paraná
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Foto: Franklin de Freitas

Com o objetivo de informar o eleitor sobre as candidaturas e propostas para Curitiba, o Bem Paraná realiza até 20 de setembro sabatinas com os dez candidatos a prefeito de Curitiba. Nesta quarta (18), o Bem Paraná entrevistou o candidato do Solidariedade, Luizão Goulart. Ex-prefeito de Pinhais, ele disse que percebe um certo preconceito dos curitibanos com quem é da região metropolitana: “Eu percebo um certo preconceito com quem é da Região Metropolitana. Mas assim como grande parcela da população curitibana veio se meter em Curitiba, veio do interior, eu vim do Interior. Todos nós construímos essa cidade”. Luizão também apontou que falta integração da capital paranaense com os demais municípios da Região Metropolitana e problemas na licitação do transporte coletivo.

Martha Feldens – Candidato, você fez boa parte da sua carreira política, inclusive foi prefeito de Pinhais pelo PT. O que o levou a deixar o PT, que já era um partido tão grande, quais os motivos que fizeram com que você saísse do PT?
Luizão Goulart –
Eu me filiei no PT na minha juventude ainda e ao longo do tempo eu fui percebendo contradições e fui discordando dos rumos do partido. Aí eu mudei de partido, daí eu fui para o Republicanos, fui deputado federal pelo Republicanos e hoje eu sou o presidente estadual do partido Solidariedade.

Katia Brembatti – Que contradições? Desculpa, mas a gente quer entender um pouco mais essas contradições.
Luizão –
As contradições é defender uma coisa e fazer outra. Geralmente é isso. O partido geralmente na oposição defendia uma série de bandeiras e era contra uma outra série de coisas e no poder acaba sendo um pouco diferente, né? Eu achei que não era o meu caminho ali. Eu não estava me sentindo confortável e também tinha um problema de falta de espaço, Algumas pessoas estavam sempre em evidência e dificilmente outros teriam a oportunidade de aparecer, de crescer dentro do próprio partido.

Katia – O senhor era da corrente majoritária?
Luizão
– Eu era da corrente majoritária.

Lenise Aubrift Klenk –  Candidato, mas o senhor falou em poder e falou também que o partido foi um partido da sua juventude. O seu mandato não foi um mandato como prefeito exatamente jovem. O senhor teve que ter muito tempo para amadurecer dentro do PT e, ao mesmo tempo, o senhor também foi poder, um poder municipal e também foi poder. O que mudou e por que essa saída exatamente naquele momento? Não dá para esquecer que a sua saída coincide com um momento de crise muito grande do PT, das denúncias de corrupção e de uma debandada geral do partido em busca de candidaturas. Esse foi o principal motivo? Conseguir legenda?
Luizão –
Eu me filiei na minha juventude, em 1987. E daí eu não tinha pretensão de mudar de partida. Eu nem entendia todos os partidos na época. E fui fazendo carreira, construindo. Nós tínhamos muito idealismo naquela época. Eu fui eleito pelo partido e a crise do partido começou. Em 2005 começou a crise no partido. E eu permaneci. Fui eleito prefeito e mesmo com todas as crises, eu fiquei até terminar o meu mandato

Lenise – Mas foram as candidaturas pós-2013 que foram as mais prejudicadas, aqueles candidatos do PT que não conseguiram reeleição, conseguiram governar até ali no limite do governo de Dilma Rousseff e depois sofrendo realmente um embargo muito grande, uma resistência muito grande do eleitorado.
Luizão –
Eu fui reeleito em 2012 com 93,7% dos votos, e eu estava no PT ainda. E eu terminei meu mandato em 2016. O Paraná Pesquisa fez uma pesquisa e eu tive aprovação de 94%, independente do partido. Portanto, eu nunca fui um militante de esquerda ou de direita. Minha ideologia é trabalho, então eu consegui prometer algo e entreguei. Eu cumpri a minha obrigação na prefeitura, daí o meu próximo passo seria deputado federal. Então procurei um partido que eu me identificasse melhor e que tivesse um espaço para mim poder crescer.

Lenise –  O senhor disse que não é um político de ideologia? É um pouco difícil a gente entender como que na vida política não se carrega alguma ideologia. Isso é um princípio fundamental, inclusive, da política. Mas o senhor há de convir que o senhor foi de um espectro para outro absolutamente distinto. Hoje o senhor é um homem de direita?
Luizão –
Sim, independente do partido que eu fui ou eu mudei, eu sempre levei comigo o meu caráter, que isso vem de família. E os princípios que eu tenho, os princípios cristãos eu sempre levei comigo. Então, independente do partido. Eu convivi em Brasília com uma enormidade de partidos. Eu, quando fui prefeito, fiz uma coligação com 14 partidos. Na reeleição, com 21. Naquela época, tinha bem mais partidos do que hoje. E eu sempre dialoguei com todo mundo. Eu sempre tenho um foco naquilo que eu pretendo fazer. Fiz para a minha população. Apresentei um bom resultado. E não fiquei perdido em discussões que não levam a nada.

Lenise – Mas hoje o senhor se identifica com a direita?
Luizão
– Centro

Katia –  Falando em Pinhais, até porque boa parte da sua candidatura é muito centrada na sua atuação no município, em que o senhor foi prefeito. qual a resposta que o senhor daria para quem dissesse que a sua candidatura à prefeitura de Curitiba seria uma forma de gabaritar o seu nome para um outro cargo e não de prefeitura, um outro cargo como vice-governador ou alguma questão assim?
Luizão –
Olha, se eu tivesse sido eleito deputado federal na última eleição e embora eu tenha feito uma excelente votação, 96.500 votos, eu estaria me dedicando ao meu mandato de deputado federal. Mas eu não me elegi deputado federal e eu planejei, e é um sonho que eu já tinha de 2020, de ser candidato a prefeito em Curitiba. Eu me considero preparado, tenho uma experiência, tenho um trabalho realizado e conheço Curitiba, eu vim pra Curitiba em 1978, há 46 anos atrás, aqui que eu trabalhei, aqui que eu estudei, terminei meu ensino fundamental, ensino médio, me formei na Universidade Federal do Paraná e depois que eu fui pra Pinhais trabalhar como professor. Lá eu fiz minha história, tanto profissional como na política. Então eu me considero preparado para administrar a cidade e esse é meu foco no momento.

Katia – Eu queria falar ainda sobre 2020, porque em 2020 o senhor já tinha manifestado esse interesse de concorrer à prefeitura e assim como o Ney Leprevost, foi convencido pelo governador Ratinho Júnior a não concorrer. O que mudou de 2020 para cá que houve uma nova tentativa de impedir a sua candidatura ou de lhe convencer a não concorrer e dessa vez o senhor não aceitou?
Luizão –
Tem uma questão de partido. Em 2020, o presidente do meu partido, e a minha discordância de sair do partido é justamente por isso, porque era um oportunista, e ele era secretário do governador. Então o governador pediu “ô Luizão, eu quero que você desista da candidatura, porque eu quero reeleger o Greca no primeiro turno”, junto com o Eduardo e tal, isso e aquilo. Eu não tinha como dizer, eu vou ser você e eu não tinha o partido, não tinha o respaldo do partido, não tinha essa segurança. De lá para cá eu organizei de forma que hoje eu sou presidente estadual de um partido, tenho o respaldo do partido nacional, então eu tenho essa autonomia pra poder dizer e ir até o final.

Martha – Sobre esse seu sonho, eu lembro aqui que segundo esse sistema do TSE, o Divulga CandContas, você recebeu até agora 300 mil do fundo eleitoral e algumas doações, enfim, uma receita total de  R$ 339 mil. Como competir com candidatos que têm R$ 10 milhões, por exemplo, de fundo eleitoral nas suas contas?
Luizão –
É muito desigual, inclusive é igual o tempo de televisão, tem candidatos que tem 4 minutos e meio, outros tem 2, 1 e meio, e eu tenho 17 segundos. Então é uma luta desigual realmente, por isso que eu tenho que valorizar e parabenizar quando um meio de comunicação como o Bem Paraná, abre um espaço desse aqui com tempo igual para todos.Eu acho que isso aqui é a democracia, isso aqui que permite com que os candidatos possam se expressar de maneira igualitária, com o mesmo tempo, com as mesmas questões sendo debatidas, os debates. Então a minha esperança são os debates, porque a gente tem que correr muito. Curitiba é enorme. milhão e oitocentos mil habitantes, 75 bairros, humanamente impossível você falar diretamente com as pessoas. Então a gente depende da televisão, depende do rádio, do jornal, enfim.

Martha – Você mudaria a legislação a respeito de distribuição da verba do fundo eleitoral? Qual a sua opinião sobre o fundo eleitoral em primeiro lugar?
Luizão –
Eu acho que o princípio ele é bom, quando você tem a oportunidade de ter um recurso sem depender do empresário, sem o mandato depender de um empresário. Mas  tem muita distorção em relação ao fundo eleitoral, tem muita desigualdade na distribuição, tem muitas preferências e tem muita corrupção também.

Martha – Inclusive dentro dos partidos, os partidos podem manobrar esse dinheiro da forma que quiserem.
Luizão
– Quando se trata de dinheiro já tinha problemas antes. E daí agora nós temos outro tipo de problema e a iniciativa privada continua participando das eleições. Do mesmo jeito. Via pessoa física. Via Caixa 2.

Katia – Temos provas? Queremos entender essa Caixa 2.
Luizão
– Não, tem muitas formas de participar da política sem se declarar. Hoje só pode a pessoa física doar legalmente. Mas a pessoa cede um espaço, você tem uma estrutura de exposição, você tem pessoas que se envolvem na campanha, você abre uma empresa que tem 200, 300 funcionários para determinado candidato, não abre para outro. Isso é uma espécie de um caixa dois, você cria uma desigualdade aí na forma de conduzir. Então dizer que as empresas de ônibus de Curitiba não estão participando da eleição, no mínimo ingênuo, só para dar um exemplo.

Lenise –  Agora, nas suas outras candidaturas, como o senhor lidou com esse assédio ou com a possibilidade de angariar recursos? O senhor garante que não usou das mesmas táticas que, até de forma velada.
Luizão –
Quando o financiamento era privado, eu fui atrás dos recursos, pedindo para as pessoas. É óbvio que em algum momento era bem mais difícil, mas quando você tem a expectativa de chegar numa prefeitura. Por exemplo, em 2008 que eu fui candidato, que tinha muita gente na cidade que queria mudança na política local. Então as pessoas vieram e contribuíram com a minha campanha. Mas eu sempre fiz campanha módica, eu nunca fiz campanha com muito dinheiro.

Lenise – Era melhor não manter, então, esses financiamentos privados e até de empresas abertos de forma que eles possam ser registrados e cadastrados ainda, que possam se valer de caixa dois, do que simplesmente proibi-los? O senhor é a favor disso?
Luizão –
Eu acho que poderia ser. Pelo menos o jogo era mais aberto. As empresas que hoje querem contribuir, querem participar das campanhas usam subterfúgios. Então talvez se tivesse essa legislação poderia até diminuir a participação do fundo eleitoral, que é um recurso público, que poderia ser utilizado para outras coisas também.

Katia – Vários candidatos tem propostas sobre transporte coletivo,  tarifa zero ou em domingueira ou seja o que for, porque transporte coletivo importa. E daí o senhor fala assim que há um envolvimento de empresas de ônibus com a eleição. O que mais o senhor pode contar para gente sobre esse envolvimento?
Luizão –
Eu não sei mais detalhes, eu só tiro minhas conclusões. Até hoje a Curitiba não tem um novo modal de transporte coletivo, por exemplo. Nós temos uma licitação que foi feita em 2010, no mínimo suspeita, eu era prefeito em Pinhais, eu acompanhei a licitação que foi feita aqui para 15 anos. Não teve audiências públicas, não teve participação da sociedade organizada, do representante dos usuários, do Tribunal de Contas, do Ministério Público. As mesmas empresas continuaram operando, tanto é que não teve uma uma concorrência que você pudesse, ou não, agora vai ter uma disputa aqui para poder passar a concessão do transporte de Curitiba. As mesmas empresas continuarem operando, de tempos em tempos a prefeitura aporta um recurso de subsídio, compra ônibus novos para as empresas, de lá para cá saíram muitos dos cobradores de ônibus, então diminuiu os gastos das empresas, mas a passagem de Curitiba é a mais alta do Brasil. R$ 6,00, isso que o usuário paga, ainda mais o subsídio da prefeitura. Nós temos a média nacional é R$ 4,50, nós temos capitais que é menos de R$ 4,00, tem Rio de Janeiro que é R$ 4,30, por exemplo, Goiânia também. Então, e os outros modais? Por que que até hoje não foram para frente? Porque Curitiba no metrô não dá, porque metrô cria muito não sei o que, tem muito rio. São Paulo tem 200 rios e tem metrô para tudo quanto é lado. Então, é essas coisas que fazem a gente pensar que existe um lobby muito grande e é óbvio que existe, em todo lugar existe, a gente só não pode ser gênio para dizer que não existe.

Martha – E tem, só complementando, tem licitação ano que vem de novo. Então, eles estão participando agora com vistas a essa licitação ano que vem?
Luizão –
Mas é óbvio, inclusive se não precisar ter licitação, se puder prorrogar os contratos, é isso que as empresas querem. Tudo para não sair da zona de conforto. Eu sou da opinião que todo o serviço público ele deve ser amplamente divulgado, tem que haver concorrência, tem que haver transparência, porque o prefeito não está trabalhando com o dinheiro dele, ele trabalha com o dinheiro da população. Olha o transporte coletivo, quanto recurso envolve o transporte coletivo, assim quanto outros serviços também que a prefeitura contrata.

Lenise – E é possível romper essa barreira e promover um processo de licitação mais transparente, mais aberto, mais justo, como o senhor considera? Qual seria a sua proposta, então, para essa renovação das licitações?
Luizão –
Maior transparência possível em termos de dados, de informações, de demanda do transporte coletivo, coisa que a gente não tem hoje. Abrir a discussão para a sociedade, para os meios de comunicação participativos, fazer audiências públicas, comparar com outras capitais aqui do Brasil e cidades de outros países também para ver como é que funciona, como é que não funciona. Nós temos um bom conceito de transporte coletivo. A questão é que a tarifa é muito alta e deveria ser mais barata, nós temos muitos ônibus velhos circulando, enquanto que os ônibus acima de 10 anos deveriam estar numa frota reserva para só entrar em operação quando fosse necessário. E tem pouca fiscalização. E a sociedade tem bem menos informações sobre o que acontece de fato.

Lenise –  Agora, quando Curitiba, de certa maneira, no passado recente, a gestão Gustavo Fruet tentou mudar esse sistema, toda a discussão foi judicializada. Como garantir e tentar atravessar essa pressão, que é uma pressão que vai ser judicializada, para não cair novamente no mesmo modelo?
Luizão
– Sim, porque durante os contratos é difícil você mexer nos contratos. Estão embasados juridicamente, já está consolidado. Agora, quando você vai iniciar uma licitação, que o período é o ano que vem, é possível sim você definir o padrão que vai ser dali pra frente. O ano que vem, os meios de comunicação, espero que participe bastante, independente do prefeito que tiver, para poder estar de olho nessas negociatas, como diz o Requião.

Katia –  O senhor acompanhou, como o senhor disse, a licitação anterior como prefeito, portanto, viu de dentro. O que o senhor viu de dentro que, como prefeito de Curitiba, o senhor não repetiria? O senhor falou da transparência, mas mais que isso, o que foi possível observar no trâmite ou no encaminhamento? No modelo mesmo? O que o senhor faria diferente?
Luizão –
Olha, se eu não fosse prefeito, talvez muita coisa eu não perceberia, mas eu fui prefeito e eu lidava com licitações, licitações pequenas e licitações grandes. Então, quando você vê a forma que uma licitação é colocada na praça, as informações que são repassadas e quando você não abre muito a discussão, pouca transparência, aí tem suspeita, entendeu? Tem suspeita de que há um negócio por trás disso.

Lenise – O senhor chegou a enfrentar lobby empresarial em Pinhais dentro das licitações? Houve tentativas concretas que o senhor chegou, quem sabe, a denunciar ou a resistir?
Luizão –
Sim, houve muitas tentativas. As pessoas vão procurar o prefeito, vão procurar um secretário. Só que eu organizei uma comissão de compras e licitações com servidores concursados da casa preparados com a assistência jurídica para quando a pessoa me procurava, eu dizia, olha, ótimo, você quer fornecer pra prefeitura? Você quer vender determinado serviço para prefeitura? Você vai ali na comissão de licitação, você se cadastra ali, é ali que funciona. Essa era a minha forma de tratar.

Martha –  Ainda sobre a questão do ônibus e tarifa, Do que você já viu até agora, o que poderia ser a tarifa de Curitiba hoje?
Luizão
– Minha proposta é R$ 4,00. R$ 4,00, sustentável. Se considerar que tem candidato defendendo tarifa zero e se considerar que nós temos no Brasil a média R$ 4,50, e que temos já atualmente em torno de 300 cidades que operam com a tarifa zero, cidades pequenas, médias e grandes. Então, nós fizemos um estudo que é possível nos R$ 4,00, já que, por exemplo, Curitiba tem um modelo com as canaletas, com as faixas exclusivas, que permite veículos maiores, sem enfrentar muito trânsito, que isso deveria servir para baratear o custo. Os cobradores já estão saindo, já está no uso do cartão. Então, baseado nisso, o que eu sei que é possível sim fazer e porque eu, como deputado federal, visitei outros capitais, eu sei que o transporte é bom, é atraente e é barato.

Lenise –  Bom, o senhor falou em servidores públicos e me parece que o seu plano de governo tenta valorizar bastante a presença do servidor público com criação de plano de carreiras discutido com essa categoria. Quais são as suas principais propostas e como o senhor avalia o relacionamento da gestão atual de Curitiba com os servidores públicos municipais?
Luizão –
Muito ruim, a relação atual é muito ruim. Nós vemos aí servidores da área da saúde descontentes, sobrecarregados, um número insuficiente para dar conta da demanda. Na educação, salas superlotadas, sem profissional de apoio para tratar com as crianças com deficiências, crianças com autismo, alunos de inclusão. Então, eu vejo que é muito ruim. Eu sempre tive um diálogo muito franco e aberto com os servidores.  E com transparência, porque quando você coloca as condições do município com dados, com transparência, você abre a discussão. A gente tem que prever 5, 10 anos. Então, hoje inclusive tem uma sabatina com os sindicatos. O que eu defendo, servidor público? Servidores preparados, um plano de carreira baseado na meritocracia, produtividade, formação, capacitação, atendimento da comunidade, valorizando os preparados e o que entrega o melhor serviço. É isso, porque se você não tem critérios, você trata as pessoas com desigualdade. Então eu vejo que nós precisamos revisar os planos de carreira de Curitiba, valorizar o servidor. Mas também exigir contrapartida, porque afinal de contas o município, a prefeitura não é um fim em si mesmo, é um meio para prestar um bom serviço para a comunidade.

Lenise- E do que o senhor avaliou, desculpa, do potencial de Curitiba para trabalhar de forma diferente com os servidores, há margem para isso, há margem financeira para investir mais na capacitação e na valorização dos servidores, provavelmente em termos salariais?
Luizão –
E principalmente contratação de mais profissionais.

Martha –  Eu ia perguntar por causa da terceirização, se isso também inclui a não terceirização.
Luizão –
Não, é algum serviço que você pode terceirizar. Serviço de limpeza, serviço de vigilância. São exemplos que é possível terceirizar. Agora, tem serviços que o servidor efetivo, concursado, ele carrega consigo um histórico do que ele já está fazendo na prefeitura ao longo do tempo, já conhece, já conhece a realidade. Eu digo o seguinte, que a margem, ela existe. Hoje nós estamos com um número reduzido de servidores na prefeitura, em torno de 26 mil servidores na prefeitura. Na área da saúde, a demanda aumentou em 30% dos últimos anos, 3 anos para cá, sem considerar a pandemia. E o número de servidores é o mesmo. Nós temos 555 agentes comunitários de saúde. O Ministério da Saúde preconiza que é um para cada 700, 750. Nós teríamos que ter quatro vezes mais. E no lugar que eu considero fundamental, que é o diagnóstico inicial, é a prevenção, é aquelas agentes que vão na casa das pessoas.

Martha – Em Pinhais, o senhor conseguia manter esse indicador?
Luizão –
Conseguia manter esse indicador, conseguia manter o número, eu investi muito no Programa Saúde da Família lá no município, porque eu considerava que ali era o melhor caminho para desafogar os postinhos de saúde. Nós temos aqui, por exemplo, na área da educação, que dá para melhorar Primeiro que a gente tem que construir mais escolas, contratar mais profissionais para dar conta do grande número de crianças que estão fora das creches, por exemplo. Não tem outra forma sem contratar servidores públicos. A receita corrente líquida do município está sendo comprometida com gasto pessoal um pouco mais de 40% e nós podemos chegar a 50%. Então nós temos aí 40 e poucos por cento, eu não tenho bem exato porque me falta transparência para obter os dados.

Katia –  Queria retomar essa questão da educação que o senhor mencionou. O senhor tem um histórico nessa área de educação, tendo atuado dentro de escolas, o que permite uma compreensão mais profunda de quais são os desafios reais dentro de uma escola. Na sua opinião, quais são os principais erros que os gestores cometem com relação à educação por desconhecimento desse ambiente escolar?
Luizão –
Bom, primeiro é não ter a consciência de que o melhor investimento que a gente pode fazer é na educação das nossas crianças. É o melhor investimento que o setor público pode fazer, porque aí você vai permitir que a sociedade avance, que a sociedade se desenvolva. Agora, quando a gente tem ali salas superlotadas, quando a gente não tem vaga suficiente para cresce, por exemplo, uma criança com dois anos, três anos, já teria que estar iniciando na escola para ela poder, quando chegar lá no ensino fundamental, ela ter um aprendizado na idade certa. Nós temos 25% das nossas crianças aqui em Curitiba que não conseguem ser alfabetizados na idade certa. Aprender, ler, escrever, por exemplo, com seis, sete anos, 25% ficam para trás, de cada 100, 25%. E daí vai patinando, quando chega lá no final do ensino médio, nós temos o inverso. Nós temos 25% que se formam no ensino médio na idade certa e com aprendizado suficiente, entre 17 e 18 anos. Então é um problema a ser enfrentado. E é enfrentado com profissionais qualificados, escola de qualidade, material pedagógico de qualidade, colocando a educação como prioridade. Quando eu assumi a prefeitura, em Pinhais, o nosso IDEB era 5,2. Eu implantei as escolas em tempo integral, eu implantei reforço escolar, capacitação continuada para os profissionais da educação. Construí um centro municipal de formação dos profissionais da educação. E ao final de oito anos, de 5,2 foi para 6,7 o nosso IDEB, é um dos maiores do Paraná.

Martha – Ainda sobre plano de governo, eu vi que você tem um projeto de transformar as regionais em subprefeituras e inclusive com orçamentos proporcionais à sua população. Isso não exigiria toda uma reelaboração do orçamento municipal? Não é uma coisa muito complicada de fazer?
Luizão –
Veja, eu lido aí com orçamento municipal e eu não vejo que é muito complicado. Depende de como você organiza a gestão. Primeiro, que a minha forma de organizar uma gestão é técnica, profissionalizada, não é de encher a prefeitura de políticos, como acontece na maioria das cidades. O prefeito ganha, já leva seu grupo político pra dentro e tal. Pessoas que nem sempre tem qualificação, porque uma pessoa que está desocupada ou não tem uma uma empresa pra tocar ou não tem um bom emprego e ele só tá na política, alguma coisa tá errada. Política não é profissão, né? Política não é profissão. E nós temos um monte de gente dentro da prefeitura e eu me preocupa, né? A quantidade de partidos que tem em torno de determinado candidato numa prefeitura que já tá inchada, como é que vai ser pra frente? Se a gente não tiver critérios para nomeação de cargos comissionados e não priorizar o técnico em vez do político, nós comprometemos uma gestão, porque uma prefeitura é como se fosse uma grande empresa e uma empresa de prestação de serviços para a comunidade.

Lenise – A gente tem batido bastante na tecla dos programas que são relacionados às mulheres, acho que principalmente aqui em que a gente está representando aí uma proporção bastante significativa da população. O senhor fala em vários programas, em apoio à mulher, em programa da mulher curitibana. Administrativamente, como o senhor pretende implantar esses programas e devolver para mulher curitibana essa tensão que, pelo menos do ponto de vista administrativo, nessa última gestão acabou sendo muito simbólica a decisão de acabar com uma secretaria da mulher. O senhor voltaria a ter uma estrutura específica para essas questões, para o atendimento e para as políticas públicas relacionadas à mulher Curitiba?
Luizão –
Sim, veja, o meu histórico é de valorização das mulheres na gestão. Eu tive a grata satisfação de ter mulheres muito competentes trabalhando comigo na gestão. Secretaria de Educação, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Obras.

Lenise –  Elas vão ser maioria no seu governo?
Luizão –
Minha vice-prefeita, não posso hoje chutar um percentual, mas que eu vou ter um secretariado e nos principais cargos de gestão com muitas mulheres. Eu tenho certeza e eu conheço muitas aqui em Curitiba. Servidoras de carreira, competentes, que podem desempenhar muito bem as funções. E eu quando saí da prefeitura, terminei meu mandato, deixei duas mulheres, uma prefeita e uma vice. As duas foram reeleitas, a prefeita Marli se tornou deputada estadual, a professora Rosa Maria, que é uma professora, que foi secretária de educação, hoje a candidata à reeleição está com mais de 80%, então uma gestão que continua sendo uma gestão de sucesso. Então eu pretendo sim valorizar muitas mulheres, não só na gestão, mas criar oportunidades para as mulheres na sociedade.

Lenise –  E para políticas públicas, uma secretaria seria o caso?
Luizão –
Uma secretaria ou um órgão, porque nem sempre uma secretaria, dependendo do status que você dá para uma secretaria, às vezes ela tem menos autonomia do que um departamento, por exemplo, um órgão. Eu tenho que reestruturar a gestão de Curitiba, pensar no jovem, pensar na mulher, pensar no idoso.

Katia – Falando nessa questão dos índices de aprovação, que é bem marcante na sua candidatura. O  senhor sempre enfoca, dá ênfase para essa questão tanto dos índices de pesquisa, de aprovação, quanto das suas votações expressivas, até porque realmente é fora da curva, a gente não costuma ver aprovações acima de 80%. Eu queria que o senhor explicasse, na sua opinião, o que que justifica, o que que levou, quais foram as atitudes que o senhor tomou como prefeito que fizeram resultar nesses índices?
Luizão –
A principal atitude foi o seguinte, eu fiz um plano de governo na primeira gestão, apresentei para a sociedade pinhaense, mostrei, olha, eu pretendo enfrentar esses problemas aqui como prefeito. Quando eu assumi, no dia da minha posse, eu falei, me dê seis meses para vocês começarem a cobrar. Depois podem cobrar, vocês guardam o plano de governo em casa. Ao final do mandato, na reeleição eu voltei na casa das pessoas e com dois cadernos, um do plano de governo que eu tinha apresentado há quatro anos e consegui provar que eu cumpri mais de 90% do plano de governo e um outro plano de governo que eu pretendia fazer nos próximos quatro anos. Então eu cumpri mais de 90% do meu plano de governo e o E o eleitorado me reelegeu com 93,7% dos votos. Então não é pesquisa, é pesquisa do TRE. 93,7% dos votos. E eu comparo com Curitiba. O G1 publicou recentemente que a atual gestão conseguiu cumprir 22% do plano de governo, integralmente, 25% parcialmente e 52% do plano de governo da atual gestão não saiu do papel, eu cumpri mais de 90%.

Katia –  Então o senhor acredita que fazer propostas que são viáveis de serem executadas e se focar na gestão seriam a combinação dos dois fatores que levou a isso.
Luizão –
E estar sempre próximo da comunidade, sempre ouvindo muito, sempre não ficar administrando dentro do gabinete. Eu ficava no gabinete o tempo suficiente para atender as pessoas, para gerir o secretariado, mas eu ia pra rua, eu ia nas unidades de saúde, eu ia nas escolas, eu conversava com os professores, conversava com os alunos, eu conversava com o meu pessoal do obras. e conversava com a população em geral. Eu fazia audiência pública para preparar o orçamento do próximo ano nas quadras das escolas e eu respondia pessoalmente as perguntas das pessoas. Quando é que vai sair a minha rua? Como é que você vai resolver isso? Como é que você vai resolver isso? Eles iam fazendo as perguntas.

Katia –  Curitiba é um pouquinho mais complexo? Seria um pouquinho mais difícil de fazer esse nível de proximidade que o senhor estava em Pinhais?
Luizão –
Claro, e mesmo assim é uma população de 130 mil habitantes? Mas se o prefeito, se o gestor tiver essa disposição, agora, se o gestor tiver muito comprometido com as políticas partidárias, ele vai ficar quatro anos  resolvendo o problema, não é que eu preciso mais espaço, só que eu quero nomear isso, quero nomear aquilo, daí ele perde o foco. Eu sempre digo, o varejo acaba com qualquer gestor. Você tem que pensar no atacado, naquilo que é prioridade, os eixos de um plano de governo.

Martha –  Voltando à campanha e à eleição propriamente dita, essas últimas duas pesquisas que foram divulgadas de ontem para hoje, você tem 4% na Quest RPC e 3% na IRG-RIC. Ainda dá para sonhar? Ou um segundo turno eventualmente?
Luizão
– Com certeza, eu penso que é possível sim, até porque eu estou me tornando cada vez mais conhecido. E daqui para frente que a grande parcela do eleitorado começa a prestar atenção na eleição, começa a perguntar quem são os candidatos. É muito comum as pessoas falarem agora quem são os candidatos, quem que está disputando, tanto pra verdade. Para vereador não se fala, vereador é na última semana, 50% decidem na última semana. Agora para prefeito, então eu acho que é possível ter pesquisa que eu já saiba melhor, com 6,5% na Veritas, por exemplo, que não faz muito tempo. E também depende muito da amostragem, pesquisa feita pelo telefone é uma coisa, pesquisa que vai nos bairros pesquisar para as pessoas, eu tenho feito diversas reuniões em todos os bairros e eu pergunto, quem aqui já respondeu uma pesquisa? Ninguém respondeu. Então, uma amostragem adequada, considerando todos os bairros, eu tenho muita. Eu sou bem mais conhecido aqui no bairro Boa Vista, na regional do Boa Vista, na regional do Cajuru, por exemplo. Então, se proporcionalmente a pesquisa conseguir captar esses espaços, eu vou estar melhor do que isso aí, com certeza.

Lenise -Mas ao mesmo tempo que o senhor valoriza muito a sua trajetória em Pinhais, a sua ligação, inclusive, da qual o senhor se orgulha com o município vizinho, isso não pode criar alguma resistência do eleitor curitibano? O senhor está tão atrelado a Pinhais e, de repente, vir para uma candidatura à prefeitura de Curitiba? Eu sei que o senhor explicou um pouco a sua ligação com Curitiba no início da nossa conversa, mas a sua trajetória está intimamente ligada a Pinhais.
Luizão –
Sim, eu percebo até um certo preconceito com quem é da região metropolitana, sabia? As pessoas falam, não, por que o Luizão veio se meter aqui em Curitiba?

Lenise – Por que o Luizão veio se meter em Curitiba? Vamos responder esse eleitor, então.
Luizão –
Como grande parcela da nossa população curitibana veio se meter em Curitiba, veio do interior do Paraná. Eu ajudei a construir essa capital assim como milhares de pessoas que moram nos mais diversos bairros de Curitiba. Eu vim do interior com a minha família, vim aqui porque a minha mãe foi salva aqui no Hospital de Clínicas, por uma consequência. Mas eu fui pra Pinhais, assim como tem muito curitibano que vai trabalhar em Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, até porque Curitiba perdeu muitas empresas para região metropolitana.

Lenise – O que fez de Pinhais também um município muito rico e, de certa maneira, privilegiado no governo.
Luizão –
Com certeza. Haja vista a quantidade de empresas que estão se instalando, tem empresas atualmente, eu já visitei empresas que estão se mudando, por exemplo, a São José dos Pinhais, que tem uma atenção melhor da prefeitura, tem menos burocracia. Tem espaço, a prefeitura acolhe, né? Acolhe, fala, não, vem aqui, vamos ver qual que é a sua dificuldade, enfim, qual que é o seu problema. Então, eu percebo aí um certo preconceito, mas eu não me importo, eu sei que é uma minoria que pensa assim, sabe? Eu, graças a Deus, tenho uma experiência, eu tenho um currículo, é a mesma coisa que você vai contratar alguém para fazer um serviço na sua casa, um marceneiro, um pedreiro, você quer que ele tenha currículo, uma referência Eu estou sendo contratado para ser prefeito de Curitiba. Eu estou aqui para comparar com os demais candidatos, para comparar com os demais profissionais que pretendem ocupar esse cargo. Eu, graças a Deus, vou falar de educação, vou falar de saúde, vou falar de segurança pública. Eu tenho um trabalho realizado, eu criei, por exemplo, a Guarda Municipal de Pinhais, que é uma das melhores do Paraná. Então, cada proposta que eu vou fazer aqui, eu vou dizer, eu já fiz e sei como fazer. E fui bem avaliado naquilo que eu fiz.

Katia –  Eu queria falar ainda sobre mais um ponto de região metropolitana, porque o seu conhecimento de região metropolitana importa para essas discussões. O senhor falou também sobre desigualdade e a gente percebe assim, por exemplo, Curitiba reclamando que vem pacientes da região para cá, outras cidades da região dizendo que fornecem, por exemplo, água, como é o caso dePinhais e Piraquara. Nessa questão da desigualdade, já que o senhor também fez parte da associação dos municípios aqui da região metropolitana, como é que faz para fazer uma boa gestão olhando para os lados e diminuindo essa desigualdade de situação?
Luizão
– Olha, fazendo uma gestão mais integrada com os prefeitos. Eu senti na pele, por ter sido prefeito de uma cidade da região metropolitana, fui presidente da associação dos municípios, então eu conheço todos os municípios da região, é evidente, E a gente sente essa falta de um trabalho mais integrado.

Katia –  Não tem interlocução com Curitiba?
Luizão –
Tem interlocução, mas poderia ser melhor. Até porque se você ajuda a resolver um problema na área da saúde lá em Almirante Tamandaré, lá em Colombo, por exemplo, em Pinhais, você evita que esse problema venha para Curitiba. Assim como nós temos muita gente de Curitiba indo buscar atendimento médico lá no Angelina Caron, por exemplo, em Campina Grande do Sul, lá em Campo Largo, no Rocio, então o sistema é único. Eu, quando fui prefeito, o nosso atendimento na UPA e no hospital era tão bom que as pessoas do Capão da Imbuia e do Bairro Alto procuravam atendimento lá. Então, se eu trabalho mais integrado, eu ajudo a resolver os problemas na área do meio ambiente, na integração. Nós estamos esperando uma ponte ali na ligação com Curitiba, no Bairro Alto, faz mais de 10 anos. Não sai, porque parece que a coisa amarra, não acontece. Lá na região do Autódromo tem um empreendimento enorme para sair, onde era o Autódromo, né? Vai sair ali um bairro, um bairro completo, um bairro moderno, e tem um viaduto planejado, já com o Pinhais já providenciou. O projeto, o projeto básico, os projetos complementares, o governo do estado já aportou recurso pra listar obra. O que que acontece? Uma ocupação no traçado do viaduto, recente, recente, está lá uma ocupação, você chega lá e fala, nossa, esse aqui não existia, não existia, ele era pra ter um viaduto ligando a Maurício Fruta e a Avenida Iraí, em Pinhais. Curitiba tem mais de 450 ocupações irregulares, porque não tem uma política habitacional adequada.

Bate-bola

Um lugar em Curitiba? Eu gosto muito da Igreja Cristo Rei. Igreja Católica Cristo Rei. Eu frequento ali já há 40 anos..
Uma comida de Curitiba? Frango com polenta.
Um clube de futebol de Curitiba? Paraná Clube
Uma personalidade pública de Curitiba? Olha, eu admiro o Rafael Greca. É claro que se for ver no passado, eu preferir o Jaime Lerner, né? Que é o criador.
Curitiba no inverno ou no verão? Num clima ameno é melhor, né? Nem tão inverno, nem tão verão. Nós quase não temos inverno mais.
Onde Curitiba é justa e onde não é? Olha, é justa nos bairros onde tem infraestrutura. Onde tem atendimento e qualidade para a população. E é injusta, por exemplo, debaixo das marquises, dos viadutos, onde nós temos aí centenas de pessoas vivendo em situação de rua.
Esquerda ou direita? Centro.
Lula ou Bolsonaro? Simone Tebbet
Um nome para o governo do estado em 2026? Olha, é cedo para dizer ainda. Mas nós temos Rafael Greca, Alexandre Curi, são pessoas que estão se colocando aí como candidatos.

Perfil de Luizão Goulart

Luizão Goulart nasceu em Jandaia do Sul (PR), em 1962, e é formado em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Antes de chegar à Câmara dos Deputados, foi vereador, prefeito de Pinhais e deputado estadual no Paraná. Também tem em sua história experiências como trabalhador rural, mecânico de automóveis, motorista de caminhão, seminarista, professor de História e diretor de escola.

Como é a Sabatina Bem Paraná

O candidato Luizão Goulart foi recebido no Estúdio de Podcast do Bem Paraná. Quem comandou a Sabatina Bem Paraná é a experiente jornalista Martha Feldens, que também é responsável pelo blog sobre eleições no portal. Na entrevista desta quarta, as jornalistas convidadas foram Katia Brembatti e Lenise Aubrift Klenk.

Cada sabatina dura 40 minutos e é transmitida ao vivo pelo You Tube do Estúdio Bem Paraná, no Facebook , e Instagram do Bem Paraná.

Veja o calendário da Sabatina Bem Paraná

19/09 Roberto Requião (Mobiliza)

20/09 Luciano Ducci (PSB)

Saiba como os outros candidatos foram na Sabatina Bem Paraná

Sobre as entrevistadoras de Luizão Goulart

Martha Feldens

Jornalista profissional com experiência em jornalismo diário impresso e on-line, com passagens por veículos da imprensa regional e nacional, como Jornal do Brasil, Editora Abril, Gazeta Mercantil e Grupo Band. Atuou também em comunicação governamental e assessoria política. Atualmente, produz o Blog da Martha Feldens, de política, no portal Bem Paraná, e o site de viagens Nuestra América.

Katia Brembatti

Com a série Diários Secretos, juntamente com três colegas, Katia Brembatti recebeu o Prêmio Esso, o Tim Lopes, o Ipys de melhor reportagem da América Latina e o Global Shining Light Award. É editora no Estadão Verifica, professora de Jornalismo na Universidade Positivo e presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), na gestão 2024-2025

Lenise Aubrift Klenk

Professora dos cursos de Comunicação da PUCPR, mestre e doutoranda em Comunicação e Política pela Universidade Federal do Paraná. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Compa, “Comunicação e participação política”. Formada em Jornalismo pela UFPR em 1998, acumula experiência profissional em redações e assessorias de comunicação. Trabalhou no Jornal do Estado (hoje Bem Paraná), Gazeta do Povo, Rádios CBN e BandNews, e tem reportagens publicadas em veículos como O Estado de S. Paulo e UOL. Coordenou equipes de Comunicação na OAB Paraná e Instituto Lactec.

Ficha técnica

Coordenação e produção: Josianne Ritz
Produção e redes sociais: Luísa Mainardes
Operação e edição: Evandro Soares e Luísa Mainardes