Um dos principais nomes do Tottenham, o atacante sul-coreano Son Heung-min, se tornou, nesta quarta-feira, a mais nova estrela do futebol a manifestar preocupação em relação ao número de partidas que os jogadores estão tendo de disputar. O “inchaço” do calendário, segundo o atleta, aumenta o risco de lesões. “Não somos robôs”, afirmou.

Seu comentário foi feito depois que o meia Rodri, do Manchester City, disse, na semana passada, que os jogadores estavam perto de entrar em greve. Dias depois, o craque espanhol sofreu uma grave lesão de ligamento no joelho direito e não tem prazo para retornar.

Son Heung-min demonstrou um certo grau de inconformismo com a rotina a que os atletas estão sendo obrigados a cumprir diante de tantas competições no calendário dos clubes.

“Você não quer ver jogadores lutando contra lesões. Ninguém quer ver isso. São muitas partidas, muitas viagens. Temos que cuidar de nós mesmos, o que às vezes é muito difícil”, afirmou.

Além da parte física e do desgaste natural das partidas, ele levou a discussão também para a parte psicológica. “Mentalmente você não está pronto. Então, ao entrar em campo, o risco de lesão é enorme. Não me entenda mal, nós amamos jogar futebol. Isso está claro.”

A grave contusão do meia do City enfatizou a questão do acúmulo de partidas e suas consequências. Nesta quarta-feira, o atacante do Tottenham se apoiou nos argumentos de Rodri para que o assunto seja analisado com cuidado.

“O Rodri disse as coisas certas. Jogamos 50, 60 jogos e não mais do que 70 partidas. Quando os jogos chegam, os atletas têm que jogar. Há muita coisa acontecendo”, afirmou Heung-min.

A Liga dos Campeões foi expandida nesta temporada com mais dois confrontos na nova fase de grupos. A Copa do Mundo de Clubes do ano que vem, nos Estados Unidos, será um evento de 32 equipes pela primeira vez, ao invés de sete times.