Meninas da ginástica rítmica colocam medalha de ouro no peito

As atletas brasileiras ficaram com a primeira posição na prova de conjunto

Agência Estado

Daniela Leite, de 19 anos. Tayanne Mantovanelli, 20. Luisa Matuso, 18. Marcela Menezes, 21. Nicole Muller, 18. E Natália Peixinho, 19. As seis garotas, sorridentes charmosas e elegantes garantiram ao Brasil o tricampeonato da ginástica rítmica por equipes, nesta sexta-feira, após exibição de alto nível. As meninas brilharam e não deram chances às cubanas e canadenses, que levaram para casa a prata e o bronze. A medalha será dividida com uma ilustre personagem brasileira: Daniela Mercury.

“A apresentação da corda foi uma homenagem a Daniela Mercury, que é uma grande cantora e representa a mulher brasileira”, explicou a técnica Monika Sanchez. O esporte é exclusivo para mulheres. E Daniela chegou a praticar ginástica na adolescência. A apresentação da equipe brasileira com base na corda, na quinta-feira, foi ilustrada com o som de uma mistura de sucessos da cantora baiana. Quando soube que suas músicas seriam utilizadas, Daniela deu palpites e assistiu a ensaios.

O público, numa arena montada no Complexo do Riocentro, empurrou o time brasileiro. E a vitória coroou dois anos de trabalho intensivo, após renovação no elenco – houve mudanças nas ginastas depois do ouro no Pan de Santo Domingo. “Tivemos de abrir mão da família, dos amigos e das nossas coisas para ir ao Espírito Santo (sede da equipe de ginástica rítmica)”, contou Natália Peixinho, paulista de São Bernardo do Campo.

As meninas disseram ter sentido a pressão de competir em casa antes da exibição. Eram favoritas, depois do ouro em Winnipeg, em 1999, e Santo Domingo, em 2003. Mas não decepcionaram. E agora planejam vôos mais altos. O desafio, agora, é fazer bom trabalho no pré-olímpico de setembro, para assegurar vaga nos Jogos de Pequim. “Estamos no caminho certo”, observou Tayanne Mantovanelli, a única remanescente do último Pan.

O País nunca teve sucesso em Olimpíadas. E pensar em medalha no ano que vem ainda é algo bem distante da realidade brasileira. Mas não custa sonhar. As garotas mostraram nesta sexta persistência e determinação.