Falsa alienação parental: uma forma de destruir uma família 

Henrique Hollanda
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Pais brigando. (Karolina Grabowski/Pexels)

As falsas acusações de alienação parental vêm se tornando um problema crescente nos processos de guarda e convívio, levantando preocupações não apenas sobre os impactos na relação entre pais e filhos, mas também sobre o uso dessas alegações como uma ferramenta de manipulação. Segundo o advogado familiarista Dr. Henrique Hollanda, a alienação parental se refere à tentativa de afastar emocionalmente a criança de um dos genitores, influenciando negativamente a sua percepção. Embora esse comportamento seja preocupante, há casos em que tais acusações são fabricadas, resultando em sérias consequências legais e emocionais.

Quando um dos pais faz falsas alegações de alienação parental, o objetivo muitas vezes é ganhar vantagem no processo judicial, especialmente em disputas de guarda ou convívio. Essas acusações podem incluir a distorção de fatos, manipulação de testemunhas ou a fabricação de provas. “Esse tipo de acusação causa não apenas um aumento no conflito familiar, mas também pode prejudicar profundamente a imagem do genitor acusado e o bem-estar psicológico da criança”, explica o Dr. Henrique. Além disso, processos legais se prolongam devido à necessidade de análise das evidências, resultando em um ambiente desgastante para todos os envolvidos.

As repercussões de uma falsa alegação são extensas. Para o genitor acusado, pode significar a perda de contato regular com a criança, danos à reputação e um longo processo para limpar seu nome. No caso da criança, o impacto emocional pode ser devastador, levando a sentimentos de culpa, confusão e ansiedade, além de afetar seu desenvolvimento emocional e social.

É importante que o sistema jurídico brasileiro continue a aprimorar as formas de identificar essas falsas alegações. A Lei nº 12.318/2010, conhecida como Lei da Alienação Parental, tem como objetivo prevenir esses casos e proteger o bem-estar das crianças, mas o uso indevido dessa legislação para ganho pessoal precisa de maior vigilância. “As falsas alegações de alienação parental não são apenas uma tática processual, mas uma forma de violência psicológica, muitas vezes usada para manter o controle sobre o outro genitor, especialmente em casos de violência doméstica prévia”, destaca o advogado.

Por fim, é essencial que qualquer pessoa injustamente acusada de alienação parental busque orientação jurídica e reúna provas para se defender. Segundo Dr. Henrique, a mediação e a cooperação são fundamentais, mas, quando isso não é possível, o sistema legal deve intervir de forma justa e eficiente, garantindo que o verdadeiro melhor interesse da criança seja sempre o foco.

Henrique Hollanda

Advogado especialista em Direito da Família e Sucessões

Hollanda e Sinhori Advogados Associados