Independence Day não é o tipo de filme que tem uma mensagem. É o próprio filme-pipoca com exaltação americana. Aliens invadem a Terra com um poder bélico colossal e o povo, liderado pelos norte-americanos, consegue expulsá-los exatamente no dia 4 de julho, o mais importante feriado dos ianques. Contudo, por incrível que pareça, a continuação Independence Day: O Ressurgimento, que estreia nesta quinta-feira (23) em Curitiba, tem uma mensagem: toda arrogância será castigada.

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A arrogância, no caso, vem da própria humanidade. Depois dos acontecimentos do filme de 1996, a Terra vive dias de paz entre todos os povos. E, como a tecnologia alienígena caiu nas mãos humanas, o desenvolvimento tecnológico da Terra em 2016 é muito maior no filme que na realidade de 2016. No filme, os humanos conseguem ir de um lugar a outro do mundo em minutos, como se estivessem indo de casa para o shopping. E esse “ir de um lugar a outro do mundo” não se resume ao mundo: há uma base terráquea na lua, e os astronautas vão e voltam para lá sem dificuldade.

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É nessa base lunar que o público conhece o primeiro protagonista, o astronauta irresponsável Jake Morrison (Liam Hemsworth). Jake é noivo de Patricia Whitmore (Maika Monroe), filha do agora ex-presidente Thomas Whitmore (Bill Pullman), e tem uma treta com o piloto Dylan Hiller (Jessie T. Usher), filho do piloto Steven Hiller (personagem que era de Will Smith e que agora está morto). Os três compõem a base de jovens do filme.

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Há os veteranos também. Aliás, o grande mérito de Independence Day: O Ressurgimento é conseguir trazer dois dos três principais nomes do filme de 20 anos atrás: Jeff Goldblum (o cientista David Levinson) e Bull Pullman (o então presidente dos EUA Thomas Whitmore). Will Smith não quis fazer parte – e por isso os produtores resolveram “matar” seu personagem.

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Onde entra a arrogância nessa história? Com posse da tecnologia alienígena, e depois de terem derrotado os aliens em 1996, os humanos acham que podem tudo. Existe, claro, o temor de uma nova invasão, mas os humanos acreditam que as armas na lua são capazes de colocar qualquer um para correr.

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Se não houvesse invasão, não haveria filme. E a mesma raça de aliens volta à Terra querendo vingança. Só que eles também estão bem armados. Vêm ao planeta numa nave de 4.800 km de diâmetro (isso mesmo). A título de comparação, as naves do primeiro filme tinham 22 km, a nave-mãe (aquela que Levinson e Hiller explodiram no espaço em 1996) tinha 500 km e o diâmetro DA TERRA é de 12.742 km. As armas humanas, claro, falham. Diante de tal ameaça, a humanidade parece acabada. Quanto maior a arrogância, maior o castigo.

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Além dos “veteranos”, um dos poucos “não arrogantes” é Dikembe Umbutu (Deobia Oparei), chefe de uma tribo africana e que teve contato com os aliens anos atrás. Ele teve contato também com outra raça de aliens, e a partir daí descobre-se que a Terra, na verdade, não passa de um joguete no meio de uma guerra intergaláctica. Afinal, imaginar que a Terra é o centro do universo é muita arrogância.

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Independence Day: O Ressurgimento serve para homenagear o primeiro filme. Além disso, mistura um pouco dos quadrinhos do Quarteto Fantástico – a nave de 4.800km lembra o modus operandi do vilão Galactus – e de Star Wars, nas batalhas entre naves humanas e alienígenas. E, claro, o ápice acontece num 4 de julho. Em tempo: o filme reserva uma ponta para uma sequência.

Curiosidade

O filme faz uma homenagem ao ator Robert Loggia, que interpretou um general no filme de 20 anos atrás. Em uma passagem rápida, ele repete o papel. Loggia morreu em 2015, após as filmagens.