Bruno Guimarães (Crédito: Divulgação/NUFC)

O técnico Fernando Diniz é um gênio. E foi decisivo para o volante Bruno Guimarães ser aproveitado no Athletico Paranaense. Essas duas frases são do próprio jogador, em depoimento para o site UOL.

Os dois profissionais trabalharam juntos no Audax-SP no vice do Paulistão 2017 e, logo em seguida, ainda no mesmo ano, no Athletico Paranaense.

Bruno Guimarães conta como Diniz foi importante no início de carreira e nos primeiros passos no Athletico. “Eu tinha 16 anos quando saí de casa. Filho único, superapegado aos pais, sabe como é. Não vou dizer que passei dificuldade. Eu nunca tive luxo, mas também nunca passei fome. Nessa época, eu saí do Rio de Janeiro e fui morar em São Paulo, fui do Audax-RJ pro Audax-SP. Quando eu cheguei, dividia quarto com mais 22 garotos, alguns ratos e umas goteiras. Dormia debaixo da arquibancada, num baita calor. Ah, como eu sentia falta da família, dos amigos e da minha casa… Mas vou te falar: essas dificuldades me fizeram valorizar a vida que eu tinha e crescer muito como homem e também como jogador. Muito por causa de um cara chamado Fernando Diniz”, contou o jogador.

“Imagina a cena: eu, que já tive um puta cagaço de jogar bola, passava mal e até vomitava antes dos jogos, franzino de tudo, não tinha força alguma, ouvindo o Diniz dizer pra mim ‘você vai ser um jogador espetacular’. E eu só pensava ‘esse cara é doido’. Ele me dizia que eu seria bom em qualquer profissão que escolhesse porque eu era aplicado e determinado”, disse Bruno. “Pra mim, ele é um gênio. As coisas que ele consegue fazer com a qualidade dos times em que já trabalhou… Pra ser sincero, só ele pra levar o Audax pra uma final de Paulistão, lembra? Pode ver que depois que ele saiu, o time só caiu. É um cara ímpar, uma pessoa fundamental. Merece tudo que está acontecendo. Torço por ele e temos contato até hoje. Inclusive, ele me ligou esses dias pra saber como eu tava”, completou. “Ele foi meu primeiro treinador no profissional, me subiu com 17 anos pra jogar o Paulistão. O mais louco é que antes de ir pro Audax do Rio, eu já tinha largado mão do futebol de campo e decidido que jogaria futsal”, afirmou. “Depois disso, da minha ida ao Audax e de subir pro profissional, o Athletico-PR se interessou por mim. Eu fui pra lá emprestado com opção de compra, cheguei a voltar pra jogar o Paulista, mas aí de novo apareceu o Fernando Diniz, que tinha ido pro Athletico, pedir pra ficarem de olho em mim”, completou.

ATHLETICO
Bruno também destacou o carinho pelo Athletico. “Eu preciso confessar uma coisa. Quando eu cheguei ao Athletico pela primeira vez, eu fiquei boquiaberto com a estrutura. Meu empresário me falava ‘fica de boa’, mas eu estava muito impressionado. Um monte de campo, lugar pra dormir… e eu pensava ‘aqui não tem rato, não tem goteira’ (risos)”, disse. “Foi um passo muito grande na minha carreira. Por isso, guardo o Athletico com muito carinho no meu coração e a relação é muito boa. Até hoje acompanho sempre que dá. Me tratam com tanto respeito e é uma relação de reciprocidade. Os torcedores me mandam mensagem até hoje pedindo pra voltar, muitos me tratam como um dos maiores jogadores da história e isso é uma honra enorme. Eu tinha só 21 anos!”, afirmou.

NEWCASTLE
O jogador virou o principal nome do Newcastle United, na Inglaterra. “Me falaram recentemente que 70% das vendas de camisa do time são com meu nome. Já vi gente com tatuagem do meu rosto, bandeira com meu rosto, música. Eu acerto um passe de meio metro e eles cantam ‘Bruno, Bruno’. Tem camisa minha por toda parte da cidade. Onde eu vou na rua, eu tiro foto, me sinto um prefeito. Os caras gritam meu nome. Não dá pra entender, mas fico feliz”, contou.