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Foto: Franklin de Freitas

O primeiro bloco do debate na RPC, que tem como mediador o jornalista Wilson Soler, mostrou bem o clima deste final de campanha em Curitiba. Bate-boca, acusações, perguntas sem resposta e Cristina Graeml (PMB) se colocando na posição de vítima. “O que as mulheres da sua família fariam se estivessem no meu lugar, sendo tão atacada”, foi uma das perguntas da candidata a Eduardo Pimentel (PSD). O candidato só respondeu quando Cristina citou Isabel, a mãe dele, morta em 2016. “Não traga a memória da minha saudosa mãe”, disse.

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Cristina foi a primeira a falar e citou a família e amigos. “Os últimos dias foram muito difíceis. Pela primeira vez na história de Curitiba, temos uma mulher no segundo turno. Mas infelizmente, nunca uma mulher foi tão atacada. Nós queremos mudança. Todas as máquinas contra uma mulher”, disse ela. “Agradeço também ao presidente Bolsonaro”, disse Cristina, que viu manifestação do ex-presidnete a seu favor.

Eduardo Pimentel (PSD) também agradeceu. “Chegou a hora de escolher entre quem tem melhor condição de administrar a cidade. Eu quero me dedicar às propostas”, disse ele. Pimentel fez um rápido balanço de áreas como a saúde e perguntou sobre propostas de saúde para a região sul da cidade. Cristina respondeu que vai fazer uma UPA na região norte e que não vê a cidade fragmentada. Ela falou também sobre os médicos e profissionais que estariam descontentes de trabalhar na prefeitura.

Pimentel respondeu que fará uma UPA na região norte e mais uma UPA no Rebouças. E o Hospital do Bairro Novo. “Curitiba tem 50 mil médicos e nenhum serve, trouxe a dra Raíssa, a dra Cloroquina, e anunciou como sua secretária de saúde”, disse Pimentel a Cristina. Ele
voltou a cobrar de Cristina a questão da vacina. Cristina disse que não iria responder. E insinuou que Pimentel foi treinado a perguntar aquilo. “Não vai responder por que, candidata. A senhora não acha que o curitibano merece saber disso?”

O bate-boca se instalou de vez: “Você usou 80% do seu tempo de campanha para me atacar? O que sua mãe, Isabel, se estivesse viva diria disso?”, questionou a candidata. Pimentel voltou à questão da vacina. “Não traga a memória da minha saudosa mãe”, completou ele.

Pimentel entrou no assunto da sustentabilidade ambiental e perguntou sobre sua opinião a respeito das cooperativas de sustentabilidade. Cristina então perguntou o que a esposa de
Eduardo Pimentel, Paula, acha dos ataques feitos “a uma mulher”. Pimentel rebateu dizendo que sofreu ataques da campanha da candidata e disse que temeu pela família dele. “Como as mulheres de sua família reagiriam se fossem elas que estivessem no meu lugar?”, insistiu ela.

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