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Beatriz Baptistella com os gráficos sobre a covid. Reprodução

Circulam em grupos de whatsapp dois vídeos com profissionais do serviço público municipal das áreas de saúde e educação rebatendo manifestações da candidata à prefeitura pelo PMB, Cristina Graeml. No primeiro deles, já em circulação há dois dias, a secretária da Saúde do município, Beatriz Baptistella, contesta a posição da candidata a respeito das vacinas contra a covid e apresenta gráficos que mostram que as mortes pela doença despencaram após a vacinação da população da cidade.

Beatriz Baptistella relembra que Curitiba teve 645 mil casos de Covid, com 8.930 mortes. E mostra que o maior número de mortes ocorreu bem antes do pico de casos, que foi em janeiro de 2022, porque a população já vinha sendo vacinada havia algum tempo. “Isso só aconteceu porque o curitibano foi à vacinação”, diz a secretária no vídeo. “A candidata da oposição nega a ciência, nega a vacina, ela é negacionista”, completa. A secretária indica que as pessoas recorram ao site imunizaja.curitiba.pr.gov.br para conferir todos os dados da covid desde março de 2020, quando começou a pandemia no Brasil.

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O outros dos vídeos, sobre educação, traz um grupo de profissionais da área criticando declarações de Cristina. Com o título “Manifestação dos professores da rede municipal de ensino de Curitiba”, o vídeo contesta informações divulgadas pela candidata Cristina Graeml sobre livros utilizados pelos profissionais de educação da rede pública. “A candidata tem levantado críticas infundadas em relação à compra de livros com a temática LGBTI+”, afirma a pedagoga Andressa Pereira. “Essa candidata ignora o compromisso com uma educação inclusiva, preferindo alimentar discursos preconceituosos”, continua ela.

Segundo as professoras e um professor que falam no vídeo, os 80 livros, com diferentes temáticas ligadas à inclusão, foram adquiridos para a formação de professores que atuam com adolescentes. “A tentativa de desqualificar revela a incapacidade de apresentar propostas sólidas para a educação em Curitiba. A candidata aposta em preconceitos e principalmente na desinformação”, diz a professora Ana Lucia Kwitschal. “Nossa cidade não precisa de discursos populistas. A educação inclusiva que defendemos não é um favor, é um direito”, completa a professora Karin Hemann Horn.

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