O candidato do PSD à prefeitura, Eduardo Pimentel, chegou ao TRE para comemorar o resultado do primeiro turno logo depois da sua adversária, Cristina Graeml, do PMB. Os dois foram chamados pelo presidente do TRE, Sigurd Bengtsson, para tratar do segundo turno. Aos jornalistas que estavam no tribunal, ele disse que é hora de “mostrar quem está preparado para administrar a cidade de Curitiba e quem não está. Nós não podemos cair numa aventura, num discurso fácil”.
Pimentel também foi recebido por apoiadores no TRE. Sua entrevista aos jornalistas acabou virando um mini-comício, com muitas interrupções para aplausos. O candidato não quis antecipar quais os apoios que irá procurar entre os candidatos derrotados. Disse apenas que nesta segunda-feira vai começar a tratar desse assunto.
Da sua fala, já foi possível entender que a partir de agora, Pimentel não quer mais dar muito espaço aos debates nacionais. Disse que não tem problema em assumir suas posições pró-família, inocência das crianças e contra as drogas, mas entende que o futuro da cidade de Curitiba é o que deve prevalecer4 nas discussões. Veja a seguir o que Pimentel falou na entrevista após o resultado do primeiro turno
!Agradeço o convite do presidente do TRE. Além de atender à imprensa, vim fazer uma visita para ele. Para mim não há problema nenhum em estar junto com a candidata Cristina
Eu quero agradecer muito, eu estou muito feliz com o resultado. Ganhar o primeiro turno na melhor capital do país, numa das melhores cidades do mundo é um privilégio muito grande. Eu quero agradecer ao eleitor curitibano pelos votos que eu recebi em todos os bairros da cidade, mostrando que a nossa campanha foi proativa, foi com propostas, com a verdade. E agora, no segundo turno, é um momento importante. De transparência, de um contra o outro, e dentro da regra do jogo, mostrando para o eleitor curitibano quem tem as melhores propostas, quem está mais preparado. Porque nós vamos votar no dia 27 na próxima pessoa que vai administrar a cidade pelos próximos quatro anos. E as decisões que o próximo prefeito tomar nos próximos quatro anos se refletem nos próximos 20 da nossa cidade. É um momento importante, de serenidade, de tranquilidade.
E agora é mostrar quem está preparado para administrar a cidade de Curitiba e quem não está. Nós não podemos cair numa aventura, num discurso fácil. E, a partir de amanhã, nas entrevistas, nas sabatinas, nos debates, nas visitas vamos mostrar o que nós queremos para a cidade. E eu estou animado e estou pronto para isso.
O presidente Bolsonaro está na minha chapa. A minha chapa foi feita com o PSD, que é o meu partido, o vice-prefeito Paulo Martins, do PL. Eu já deixei muita claras as minhas posições políticas nacionais, em torno da ideologia. Eu sou a favor da inocência das nossas crianças, eu sou a favor da vida, eu sou contra a liberação de drogas. Mas o que importa agora não são os apoios. O que importa agora é o futuro da cidade de Curitiba. É quem tem mais preparo para cuidar da cidade. É quem vai colocar o medicamento na unidade de saúde, quem vai manter a escola integral com cinco refeições diárias, quem vai construir o hospital do Bairro Novo, quem vai cuidar da nova concessão do transporte coletivo pelos próximos 15 anos. E não tem conversa agora sobre debates nacionais. É a hora de discutir o futuro da cidade de Curitiba. O futuro dos nossos filhos que está em jogo.
Eu ainda não pensei sobre conversar com outros candidatos. Eu acompanhei a apuração com familiares. A partir de amanhã nós vamos discutir os apoios. O que eu quero é o apoio de todas as pessoas de bem, que entrem no nosso plano de governo, que queiram a construção de uma cidade boa para todos. Mais importante do que o apoio é o que o Eduardo Pimentel pensa e o que a candidata Cristina Graeml pensa. O que cada um conhece da cidade. O que cada um sabe o que fazer com o orçamento público municipal. No ano que vem nós temos um orçamento de quase R$ 15 bilhões. Uma saúde que merece cada vez mais atenção, uma educação integral.
A partir de agora, é colocar na cadeira de prefeito da cidade alguém que tenha condições de governar a cidade de Curitiba. Nós não podemos correr o risco de voltar para trás. de cair em conversa fácil e agressividade. Agora é a hora de mostrar um plano de governo eficiente.Não esperem de mim nada mais do que a verdade.
Houve muita desinformação no primeiro turno. Eu sofri uma série de ataques nos últimos dias. Tanto de fake news quanto de desinformação. É preciso deixar claro para o eleitor que, sim, nós estamos no mesmo espectro político nacional. Eu não tenho problema nenhum em dizer que eu tenho o apoio do presidente Bolsonaro e do partido dele, o PL, do meu vice, Paulo Martins. O importa ao eleitor saber é que Curitiba continuará no bom caminho, no cuidado com as famílias. Mas agora eu quero chamar todos vocês que venham comigo para uma campanha bonita, de manter o que é bom e avançar no que é preciso.”
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