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Foto: Franklin de Freitas

O primeiro debate da campanha à prefeitura de Curitiba, na Band TV nesta noite de quinta-feira (8), começou com os candidatos cobrando e apresentando propostas. Com mediação da jornalista Alessandra Consoli, num primeiro momento os oito participantes foram convidados a se apresentar rapidamente.

Participam do debate da Band os candidatos Andrea Caldas (PSOL), Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (União Brasil), Roberto Requião (Mobiliza) e Samuel de Mattos (PSTU).

Cristina Graeml (PMB), não participa do debate. Ela está com a candidatura em risco, já que a sua convenção foi realizada pela comissão provisória de Curitiba do PMB, que foi dissolvida pela executiva nacional. 

Andrea Caldas, do PSOL, foi a primeira a se apresentar. Ela citou a desigualdade na cidade de Curitiba. Professora há 36 anos, prometeu uma administração “a quem mais precisa”. Prometeu a criação de uma Secretaria de Ação Social.”

Ney Leprevost, do União Brasil, se apresentou como alguém que começou a trabalhar muito cedo. Citou os cargos que já exerceu no governo do estado e se disse preparado para administrar Curitiba.

Roberto Requião, do Mobiliza, falou que foi prefeito e se disse horrorizado com o encaminhamento desta campanha, com supressão de candidatos. “Me coloco como um candidato do povo da cidade”.

Maria Victoria, do Progressistas, agradeceu a confiança do prefeito Rafael Greca que a escolheu como representante da prefeitura na Assembleia Legislativa. Também agradeceu ao governador Ratinho Junior e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Luizão Goulart, do Solidariedade, disse que sua relação com Curitiba começou nos anos 1970, quando veio para a cidade. Falou do que fez como prefeito de Pinhais e disse que tem experiência para suceder Rafael Greca.

Samuel de Mattos, do PSTU, se apresentou como trabalhador dos Correios, carteiro, e anunciou que o seu é o único partido que defende os interesses dos trabalhadores. “Vamos resolver os problemas da classe trabalhadora”, disse.

Eduardo Pimentel, do PSD, disse que quer ser prefeito por amor à cidade de Curitiba. Falou do que a gestão de Rafael Greca encontrou na prefeitura e disse que não quer que essa situação volte.

Luciano do Ducci, do PSB, lembrou que é servidor público, médico do quadro da prefeitura, foi secretário de Saúde, foi prefeito e vem sendo deputado federal. Citou as obras de sua gestão e agora diz que vai “trabalhar muito pela área social da nossa cidade”.

Ney Leprevost foi o primeiro a fazer pergunta e escolheu Roberto Requião para responder. O tema escolhido foi saúde, ele citou a espera de mais de 200 mil pessoas por consulta ou exame em Curitiba. Requião disse que está preocupado também, criticou as terceirizações na área. “O Siate está acabando”, disse Requião. A solução é resolver com contratação, acabar com a terceirização e fazer valer a saúde que Curitiba precisa”. Ney criticou o tempo de espera na UPAs e prometeu o PAI (Pronto Atendimento Infantil).

Andrea Caldas perguntou a Eduardo Pimentel como ele explica o fato de Curitiba ter uma das tarifas de ônibus mais caras do país. Pimentel disse que o transporte em Curitiba é um dos melhores do país e lembrou que o contrato com as empresas atuais foi herdado pela atual gestão. Com o novo contrato que será assinado no segundo semestre do ano que vem, ele prometeu meia tarifa aos domingos e gratuitidade para desempregados previamente cadastrados. Andrea rebateu defendendo a tarifa zero.

Requião perguntou a Ney Leprevost sobre moradores de rua. Ney prometeu criar Centros de Recuperação, Inclusão, Saúde, Tratamento e Organização de Moradores de Rua. Citou que Curitiba é a capital do sul com mais moradores de rua e disse que nesta área a atual gestão da prefeitura “é um fracasso”. Falou de retomar a ordem, mas com solidariedade.  Requião brincou: “Obrigado, Ney, você praticamente lançou a minha candidatura”.

Luizão Goulart perguntou à Maria Victoria sobre a proposta dela em relação aos radares da cidade. Ela disse que entende que os radares devem ser educativos, e não arrecadatórios, e propõe duas advertências antes de começar a multar, desde que as infrações não sejam graves. Prometeu melhorar a sinalização viária e investir o dinheiro das multas em educação de trânsito. Luizão criticou os radares com “pegadinhas”.

Eduardo Pimentel questionou Luizão sobre suas propostas para a área de segurança alimentar. Luizão citou a ampliação das hortas urbanas, da melhoria da merenda escolar e também falou da necessidade de integrar a Ceasa nessa preocupação. Pimentel citou o uso de alimento fresco na merenda escolar, que a prefeitura já adota.

Luciano Ducci perguntou a Eduardo Pimentel sobre a área de segurança, citou o “sucateamento da Guarda Municipal” e o aumento da criminalidade. Pimentel rebateu o “sucateamento” da Guarda. “Nossa guarda não está sucateada”, disse. Citou a muralha digital da prefeitura e prometeu seguir investindo na área. Ducci prometeu a criação da Polícia Municipal de Curitiba, com 2,5 mil homens.

Samuel de Mattos perguntou a Eduardo Pimentel sobre os salários do prefeito, do vice e dos vereadores em relação a um quarto da população da cidade que vivem com menos de um salário mínimo. Pimentel disse que quando assumiu o cargo os salários já estavam estipulados e disse que o importante é o que a gestão está fazendo pelos trabalhadores. “A gente defende que todos os eleitos ganhem o mesmo que uma professora do município”, disse o candidato do PSTU no debate da Band.

Maria Victoria perguntou a Ney Leprevost se ele se sente preparado e com experiência para ser prefeito.  “Eu me sinto preparado. E tenho o sonho de ser prefeito. Quero fazer de Curitiba a capital mais humana no Brasil”, disse Ney. Ele citou sua passagem pela Secretaria do Trabalho do estado. Maria Victoria falou de seus três mandatos na Assembleia e sua posição de segunda secretária da mesa executiva da casa.