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Os cães do Projeto Amigo Bicho têm uma missão muito especial na Associação Paranaense de Portadores de Parkinsonismo. Além de proporcionarem momentos de descontração com o grupo de associados, eles participam de atividades que vão além de brincadeiras e carinho. Interagem com exercícios de força, coordenação motora fina e equilíbrio. A atividade inédita com os portadores de Parkinson, já tem 12 anos em Curitiba”, conta Letícia Castanho, médica veterinária e idealizadora do Projeto, que está prestes a completar 20 anos de atuação com serviço assistido por animais na capital paranaense.

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Enfileirados um em frente ao outro, sentados em cadeiras, os participantes humanos devem manter as pernas levantadas, formando um túnel, enquanto os cães passam por baixo. Cada um a seu modo, com um incentivo do tutor na chegada, que os recompensa com petiscos. A dificuldade da tarefa para os humanos é de acordo com o tamanho dos cães, que exige levantar mais ou menos as pernas de acordo com o tamanho dos cachorros.

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Depois é hora de estimular a coordenação motora fina – estímulo intencional de músculos menores -, capturar em uma caixa um petisco com um grampo e depois recompensar os mascotes com a guloseima. A Shanti, acima, não quis esperar… Acredito que essa seja a parte que os bichinhos mais gostam. E a mais desafiadora para os pacientes de Parkinson, exige concentração e um certo esforço com as mãos para pinçar o petisco, que têm tamanhos diferentes, pois varia de acordo com o porte dos cães que vai ganhar o biscoito. O spitz Monet (abaixo) gostou de participar.

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O encerramento da sessão fica por conta de repetir os movimentos de um dos cães; sentar, levantar e pular, esse substituído por estender os braços acima da cabeça. O galgo inglês Brian mostrou toda a sua desenvoltura ao obedecer o comandos de sua tutora. Na foto abaixo, ele ganhando um petisco.

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A Mona, Golden adotada pela Mariza (abaixo) estreou na função de voluntária do Projeto e mostrou que está muito adaptada. E gosta de um carinho.

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A tarde ainda contou com um exercício para memória com direito a brindes para quem se lembrasse do nome dos oito cães voluntários: Alice, Brian, Bela, Shanti, Mona, dois Monets e Zeus. O grupo todo reunido na foto abaixo.

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Durante a interação, é possível acompanhar a emoção que envolve os participantes tanto voluntários quanto pacientes. Um momento de alegria e principalmente de pausa diante das dificuldades que são enfrentadas por quem passa pelo tratamento de uma doença degenerativa tão complexa.

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O Projeto Amigo Bicho já conta com 65 cachorros, de diferentes raças e também sem raça definida. Todos escolhidos após testes de comportamento, que validam estar aptos para as atividades. A parceria conta ainda com visitas a outra associações e hospitais com diferentes perfis de atendimento. Entre os mais recentes, a primeira unidade de cuidados paliativos do sul do Brasil com atendimento SUS, o Hospice Erasto Gaertner.