Mulher suspeita de jogar soda no rosto de ex-namorada de atual companheiro
Mulher suspeita de jogar soda no rosto de ex-namorada de atual companheiro. (Reprodução)

A suspeita de que o namorado tenha sido o mandante do atentado com ácido a ex-namorada adiou a apresentação de denúncia contra mulher de 23 anos. O caso ocorreu em Jacarezinho, município do Norte Pioneiro do Paraná em maio deste ano. O MPPR incluiu o homem como réu no processo, pois foi apurado que ele teria sido o mandante do crime, praticado em via pública no dia 22 de maio.

O adiamento da denúncia foi comunicado pelo Ministério Público do Paraná, por meio da 3ª Promotoria de Justiça da comarca. A investigada, uma mulher de 23 anos, jogou uma substância corrosiva, composta de hidróxido de sódio (soda cáustica), contra a ex-namorada de seu companheiro. Imagens de câmeras de segurança do comércio do local mostram o ocorrido.

Leia mais no Bem Paraná:

Celular mostra participação do namorado da acusada

Após a análise dos dados extraídos do aparelho celular da denunciada, descobriu-se que seu companheiro planejou o crime. E além disso, mesmo preso, apoiou os atos preparatórios, convencendo a mulher a aderir ao plano e executar o delito. Para tal, ele estudou a rotina da vítima e, por isso, ela acabou sendo atacada de surpresa quando ia para a academia.

Os áudios armazenados no dispositivo demonstram que o denunciado tinha verdadeiro domínio do fato criminoso, além de trazerem esclarecimentos sobre sua motivação.

Denúncia por tentativa de homicídio em Jacarezinho

Após tomar conhecimento do relatório de análise dos dados, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado e instaurou novo inquérito policial para apuração de sua conduta. O Ministério Público manifestou-se favoravelmente à decretação da prisão e, concluídas as diligências investigativas necessárias, ofereceu denúncia contra ele, imputando-lhe o crime de homicídio qualificado na modalidade tentada.

O aditamento à denúncia aponta as qualificadoras de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, emprego de meio cruel, feminicídio (crime praticado conta mulher por razões da condição do sexo feminino) e motivo torpe, pois o delito foi cometido pelo homem em razão do sentimento de posse que nutria em relação à ex-namorada e de vingança pelo término do relacionamento, enquanto a denunciada agiu motivada por ciúmes e inveja da vítima.

O denunciado, de 28 anos de idade, já tem condenações por crimes anteriores, estando preso preventivamente desde 23 de fevereiro de 2024 por roubo majorado por concurso de pessoas e emprego de arma branca, pelo qual foi condenado recentemente em primeiro grau.

A denúncia já foi recebida pelo Judiciário, nos próximos dias deve ser recebido o aditamento.