O júri popular do delegado Erik Busetti, acusado da morte da esposa e da enteada em 2020, que era esperado para o fim desta quarta-feira, 3 de julho, pode se estender por mais um dia. Após ser adiado por duas vezes, o julgamento foi iniciado nesta última segunda-feira, 1º de julho.
Nesta quarta-feira, o julgamento foi retomado às 8 horas. O júri deu prosseguimento as oitiva das testemunhas da defesa do acusado. Ainda hoje ocorre: a oitiva de assistência técnica; do perito criminal; do perito judicial; e do psiquiatra forense.
Até às 17h50 desta quarta-feira, dois assistentes técnicos ainda não tinham sido ouvidos. Após os assistentes darem os depoimentos, o julgamento segue para as etapas de interrogatório e debates, com possibilidade de réplica e tréplica.
É esperado que o interrogatório do réu e os debates ocorram na quinta-feira (4). Primeiro se manifesta o o Ministério Público, com a assistente de acusação, e depois com a defesa, podendo vir a réplica. A expectativa é que o julgamento seja encerrado na quinta-feira, mas há possibilidade de se estender até sexta-feira.
Umas das vítimas de Busetti, Ana Carolina de Souza, filha da investigadora da Polícia Civil Maritza Guimarães de Souza, teria completado 21 anos nesta terça-feira, 2 de julho. No segundo dia, foram ouvidas as testemunhas da defesa no julgamento do delegado Bussetti.
Leia mais no Bem Paraná:
- Jovem morta por padrasto delegado completaria 21 anos nesta terça; Júri Popular entra no segundo dia
- A pedido da defesa, júri de delegado acusado de matar mulher e enteada é adiado para julho
- Advogado usa animação para defender que delegado que matou esposa e enteada com 13 tiros agiu em legítima defesa
Em entrevista ao Bem Paraná, o advogado Adriano Bretas comentou que o psiquiatra traçou o perfil psicológico do réu. Segundo Bretas, o perfil psicológico de Erik foi definido como “uma pessoa de boa índole, pacata, que não tinha rompantes de agressividade, que não era uma pessoa dada à violência”.
O advogado também pontuou que os vizinhos afirmaram que não havia um contexto de violência doméstica.
O crime que foi a julgamento
O crime que foi a julgamento agora 2024 ocorreu em março de 2020. Maritza tinha 41 anos e era escrivã da Polícia Civil, a filha dela tinha 16 e era estudante. Elas foram mortas dentro da própria casa. Erik Bussetti está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi preso em flagrante e chegou a admitir o crime no momento da prisão, mas ficou em silêncio no interrogatório.
Segundo a polícia, uma filha de 9 anos do casal estava dormindo no quarto no momento do crime e ouviu os disparos. As investigações apontaram que o delegado disparou pelo menos sete vezes contra a esposa e seis contra a enteada.