A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está investigando a morte de uma jovem de 20 anos ocorrida dentro do Targo Clube de Tiro de Curitiba. O trágico acontecimento foi registrado na terça-feira (23 de janeiro). Segundo informações repassadas pela própria empresa à reportagem, a jovem que faleceu havia contratado um curso individual de tiro e cometeu suicídio quando estava fazendo uma aula prática, acompanhada de um instrutor.
A PCPR, por meio de nota, confirmou a situação e destacou que a investigação “aguarda laudos complementares para comprovar a causa da morte”, informando ainda que “a princípio, foi suicídio”. Foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos e o prazo inicial para conclusão da investigação é de 30 dias, podendo ser estendido.
Na tarde de hoje, inclusive, o presidente do clube de tiro onde houve a ocorrência esteve na delegacia, prestando esclarecimentos sobre o caso. A empresa informou que está colaborando com a investigação, inclusive com o fornecimento de imagens das câmeras de segurança do local.
Em contato telefônico, uma funcionária da Targo explicou que a vítima era uma cliente que havia contratado um curso individual de tiro. Ela, sempre de acordo com a empresa, esteve durante todo o tempo no clube acompanhada de um instrutor, mas em certo momento durante a aula prática, na estande de tiro, apontou a arma contra si própria.
“O instrutor ficou o tempo todo do lado dela, mas foi tudo muito rápido”, explicou a funcionária, comentando ainda que essa foi a primeira vez que a empresa teve de lidar com uma situação desse tipo, mas que situações assim já ocorreram em outros clubes de tiro pelo mundo.
Questionada ainda sobre a possibilidade de revisão das normas de segurança do clube, ela ressaltou que a empresa já adota todas as medidas exigidas pela legislação atual e pelo órgão regulamentador e que a empresa ainda está tentando entender o que aconteceu para avaliar possíveis mudanças. “Agora vamos tentar entender o que aconteceu, porque tudo que fazemos já é seguindo as regras. O que colocarmos a mais, vai ser uma decisão individual da empresa. Mas estamos avaliando ainda tudo, é uma situação que deixou todo mundo bem chateado.”
Nesta quarta-feira (24), um dia após a tragédia, o Targo Clube de Tiro voltou a atender os clientes. “Temos muitos compromissos agendados, o clube de tiro está tendo de fazer muita prova, muito campeonato, até pro pessoal [associados] cumprir as regras impostas pelo governo. Não podíamos deixar de honrar com esse compromisso. Pra parte de investigação já foi entregue tudo que pediram e o local não precisa ficar isolado nem nada”, esclareceu ainda a funcionária ouvida pela reportagem.
Nesta manhã de quinta-feira, 25 de janeiro, representantes do Targo Clube de Tiro encaminharam uma nota à redação informando que estão colaborando com as investigações “fornecendo as imagens da
câmera de segurança para as autoridades competentes, a qual demonstra toda situação fá7ca e afasta qualquer possibilidade de imperícia, imprudência ou negligência e, se colocou à disposição das autoridades para elucidação das investigações.”
Veja a nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
O grupo TARGO CLUBE DE TIRO, vem através desta, prestar esclarecimentos a respeito do fato ocorrido na última terça-feira, 23 de janeiro de 2024, onde um ato deliberado e intencional executado pelo próprio indivíduo, ocorreu dentro das dependências do estande.
Consigna que desde o primeiro momento do trágico acontecido, o Targo corrobora com toda investigação, inclusive, fornecendo as imagens da câmera de segurança para as autoridades competentes, a qual demonstra toda situação fática e afasta qualquer possibilidade de imperícia, imprudência ou negligência e, se colocou à disposição das autoridades para elucidação das investigações.
Ressaltamos também que, a divulgação de informações sobre o caso é proibida por lei, portanto, lamentamos que coberturas inapropriadas ou descuidadas tenham sido publicadas por alguns órgãos de imprensa.
Diante deste cenário e em respeito a dor dos familiares e envolvidos, o TARGO CLUBE DE TIRO, através de sua política interna, optou por não fornecer mais detalhes sobre o fato ocorrido, se reservando ao direito de disponibilizar somente o necessário para contribuir com as investigações.
Curitiba-PR, 25 de janeiro de 2024.
“Ninguém caminha sozinho nesta jornada. Há sempre alguém disposto a ouvir, entender e ajudar”