Tráfico de drogas é alvo de 92 mandado judiciais no Paraná e outros quatro estados
Tráfico de drogas é alvo de 92 mandado judiciais no Paraná e outros quatro estados

O tráfico de drogas é alvo de 92 mandado judiciais no Paraná e outros quatro estados. A operação Carga Fria envolve mais de 180 policiais civis e agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR). Investigações apontaram que a organização criminosa distribuía drogas do Paraná para Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Nesta quarta-feira, 19 de junho, são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos de tráfico de drogas. Além disso, foram solicitados à Justiça 37 bloqueios de valores em contas bancárias e 17 medidas cautelares sobre automóveis. Os indivíduos são suspeitos de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.

A ação acontece simultaneamente em dez municípios de cinco estados: Toledo, Cascavel, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon, Capitão Leônidas Marques e Capanema, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Ribeirão das Neves, em Minas Gerais; e nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro.

Combate ao tráfico de drogas une forças policiais

Além da Polícia Civil do Paraná e do Gaeco, a operação contra o tráfico de drogas conta com o apoio das polícias civis do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e do Gaeco de Santa Catarina.

Como um dos alvos da operação contra o tráfico de drogas tem naturalidade paraguaia. Os agentes acreditam que ele está no Paraguai. Por isso, a operação conta com a participação da Polícia Federal atuante em Assunção no Paraguai e o Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF) de Foz do Iguaçu.

Na primeira fase da operação, deflagrada em agosto de 2023, foram presas 15 pessoas, apreendidas 11 armas de fogo e sequestrados aproximadamente R$ 25 milhões em bens móveis, imóveis e dinheiro.

Investigação contra tráfico de drogas

A investigação do grupo de alta complexidade, iniciou-se em março de 2023, com a apreensão de cerca de duas toneladas de maconha em um fundo falso de caminhão frigorífico.

Após a ação, foi identificado o local onde a droga seria armazenada e, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, a PCPR localizou um segundo caminhão frigorífico com fundo falso, grande quantidade de munição de fuzil e um bunker, sob um chiqueiro de porcos, onde o entorpecente era armazenado.

A investigação da PCPR apontou que a distribuição do entorpecente era feita por meio de caminhões frigoríficos, escolhidos pela dificuldade de fiscalização destes, já que o rompimento do lacre pode comprometer o produto.

A PCPR apurou que os indivíduos mascaravam os valores oriundos do comércio dos entorpecentes por meio da aquisição de bens móveis, imóveis e ouro.

Conheça mais sobre os investigados por tráfico de drogas

Entre os investigados, um policial civil do Estado de São Paulo, suspenso na primeira fase, agora teve sua prisão preventiva decretada.

Em Marechal Cândido Rondon, dois dos investigados foram alvos de diversos disparos de arma de fogo no dia 29 de maio de 2024, resultando na morte de um deles e em ferimentos graves no outro, que é o policial civil de São Paulo.

Os autores, também investigados, foram presos logo após o homicídio. O crime foi motivado por desacerto entre os membros da organização, que foi parcialmente esfacelada com a prisão de seu líder, em agosto de 2023.

Um dos alvos é um premiado jornalista e proprietário de jornal digital no Rio de Janeiro, suspeito de ser o responsável pela contabilidade e gerência das contas bancárias.

Chefes do tráfico de drogas ostentavam luxo

Conforme apurado, os chefes da organização criminosa ostentavam padrão de vida elevado, com apartamentos e casas milionárias, viagens, carros luxuosos e veículos aquáticos. Em quatro anos, a organização movimentou mais de R$ 100 milhões por meio de dinheiro em espécie e transações bancárias feitas em contas de “laranjas” e testas de ferro, muitas delas empresas de fachada criadas apenas para movimentar o dinheiro advindo da atividade criminosa.

Leia mais sobre tráfico de drogas aqui: