A base do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa deve votar, hoje, pela manutenção da proposta do Executivo que prevê aumento real de 5,1% para o salário mínimo regional de 2013. Ontem, o vice-líder governista, deputado Élio Rusch (DEM), apresentou emenda que suprimia o artigo 2º da proposta, que prevê esse aumento. Rusch atendeu a pedido dos empresários, que queriam adiar a definição para depois. Os trabalhadores reagiram acusando o governo de romper acordo que previa esse índice. Segundo fontes da Assembleia, o governador Beto Richa (PSDB) teria intervido pessoalmente, cobrando a manutenção do texto original.
O texto do Executivo prevê que o salário mínimo regional teria um reajuste de 10,32% este ano, sendo 5,1% de aumento real estipulado com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB) do País de 2010, mais 4,97% correspondentes ao índice de inflação do período. Além disso, o projeto previa ainda que para o ano que vem, o piso teria um aumento real no mesmo percentual de 5,1%, acrescido do índice de inflação acumulada nos próximos 12 meses.
O piso é válido apenas para as categorias que não possuem acordo coletivo ou não são sindicalizados. Segundo o governo, ele beneficia cerca de 900 mil trabalhadores do Estado. Caso o projeto seja aprovado, o novo mínimo de 2012 passa a valer a partir de 1º de maio, em valores que vão de R$ 783,20 e R$ 904,20, dependendo da categoria.