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Divulgação

“Precisamos de uma gestão na Prefeitura de Curitiba para todos e todas, de uma gestão que faça ○ movimento das “bordas” para o centro, dando atenção para as comunidades periféricas, que nunca são alcançadas de verdade há anos”, disse Irmã Anete Giordani ao receber os candidatos a prefeito Luciano Ducci e vice-prefeito Goura da Coligação Curitiba + Social e Humana (PSB/PDT/PT/PC do B e PV).

 Receber os candidatos Ducci e Goura nessas eleições municipais foi uma exceção feita pela Irmã Anete, figura pública atuante e com diversas ações em defesa das pessoas em vulnerabilidade social, dos direitos sociais e da cidadania da população da Vila Sabará, no Bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), desde que se mudou para a região, em 1999.

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“Esta é a hora da gente se fazer ouvir. Uma cidade que abandona os mais necessitados não tem política de Assistência Social. Assim, Curitiba não é uma cidade inteligente, é uma cidade esperta. Precisamos de uma gestão voltada para o povo, com um olhar para a quebrada”, afirmou Irmã Anete

 

Ela é a gestora e presidente do Conselho Deliberativo do Centro de Assistência Social Divina Misericórdia (CASDM), entidade que atua na área de assistência social e educacional de crianças, adolescentes e idosos na região da Vila Sabará desde 1983.

 

Ducci e Goura

 Os candidatos Ducci e Goura escutaram atentamente as reivindicações da Irmã Anete (leia mais abaixo) e se comprometeram a atender aos pedidos depois de eleitos prefeito e vice-prefeito nessas eleições. “Vamos fazer um bom governo. Um governo social”, disse Ducci. “Nosso governo vai ser um governo para os mais necessitados, para aqueles que precisam de políticas públicas efetivas”, disse Goura.

 

Ducci reafirmou que o objetivo da nova gestão na Prefeitura de Curitiba é fazer um governo para quem mais precisa. “Por isso, a parceria com o Governo Federal é fundamental para que nós na Prefeitura de Curitiba possamos desenvolver programas de assistência social, na área da saúde, habitação, transporte e meio ambiente”, disse.

 

“Entre as nossas propostas, destaco que vamos construir 20 mil novas moradias, vamos fazer a regularização fundiária, construir 25 creches e 10 escolas integrais, vamos fazer o novo Mãe Curitibana, onde a mãe já saberá em qual creche o seu filho vai estar, e retomar a tarifa domingueira no transporte público, além de muitas outras”, destacou Ducci.

  

Carta de reivindicações

 

“Essa é a primeira vez que converso com candidatos numa eleição para prefeito de Curitiba. Recebo porque conheço o Ducci e o Goura e respeito os dois pelo trabalho que fazem”, disse Irmã Anete ao receber os candidatos.  A carta entregue e assinada por Ducci e Goura começa assim: “Diante da possibilidade de conversar com pessoas que querem se colocar a serviço do povo, pensando na comunidade e arredores, no coletivo, precisamos de atenção nos seguintes aspectos.”

 

Irmã Anete fez questão de destacar dois pontos como os principais a serem considerados pelos candidatos. “Precisamos na Prefeitura de Curitiba de pessoas que façam uma gestão para todos e todas e que pensem e executem políticas públicas, obras, serviços e tudo o mais das bordas para o centro. A prioridade deve ser as periferias”, destacou.

 

Vereadores

Ela também falou que os candidatos e candidatas a vereança devem trabalhar para todos e todas. “Os vereadores não podem ser só executores do que quer o prefeito”, criticou Irmã Anete. “Porque o que acontece hoje na Câmara Municipal é uma inversão de papéis. Ao invés de fiscalizar e atender às necessidades do povo, os vereadores só fazem o que o prefeito quer.”

 

A atenção às comunidades periféricas, segundo a Irmã Anete, tem que ser efetiva e não só retórica. “Os recursos devem chegar para todos, não só para os bairros mais privilegiados. Mas tem que chegar primeiro para os que estão em vulnerabilidade social e econômica. São esses que precisam mais da prefeitura”, afirmou Irmã Anete.

 

Regularização fundiária

 

“Precisamos regularizar as áreas irregulares do bairro. Essa é uma situação que perdura há muitos anos e continua sem solução. As pessoas desacreditaram na Cohab, que não resolveu o problema, e tiveram que recorrer à justiça. Hoje temos uma ação coletiva de uso capião para dar uma solução definitiva a esse problema”, disse ela. “Com a regularização, o município teria mais uma fonte de arrecadação.”

 

Irmã Anete também destacou outras reivindicações. “Olhar atento e atitude decidida e rápida sobre ○ lixo da cidade. A Essencis não pode mais ficar por aqui”, disse. “Temos necessidade de mais uma unidade de saúde na nossa região. E de mais uma creche”, pediu.

 

Ela também pediu uma reavaliação e reestruturação da Fundação de Ação Social (FAS). “Ela precisa ser melhor (sic) equipada ou ser transformada em uma secretaria.” Também pediu uma revisão acima do orçamento para a área social. “É vergonhoso o que temos hoje disponível. É para ontem aumentar os recursos para atender a todos que precisam.”

 

Assistência social

 

“Quem toca a política de Assistência Social somos nós e todas as outras entidades que fazem trabalho voluntário para suprir as necessidades dos mais necessitados e que a Prefeitura de Curitiba não atende”, disse. “Temos que atuar não só no problema, mas também na prevenção. Temos que ter uma estrutura de equipamentos, recursos e pessoas qualificadas para atender essa demanda social.”

 

“Gostamos sempre de repetir: Investir em crianças, nos adolescentes, nos idosos é a uma atitude profética, eticamente correta, socialmente responsável, economicamente viável e historicamente sentida. Por isto somos perseverantes”, declarou Irmã Anete.