ratyinho
Divulgação

Os números oficiais da Cohapar mostram uma completa falta de gestão competente e eficiente da Prefeitura Municipal de Curitiba em relação aos programas de moradias populares, a aponta o deputado estadual Ney Leprevost (União), pré-candidato a prefeito.

Para ele, o problema precisa ser tratado com urgência e, principalmente, inteligência. “É preciso promover a melhora das condições de vida das famílias com maior grau de vulnerabilidade social, levando mais dignidade, oportunidade e esperança de uma nova vida, de um novo futuro para quem realmente precisa. Ter uma casa própria é sinônimo de estabilidade, segurança e liberdade”, destaca o deputado estadual Ney Leprevost.

Para o parlamentar, planejamento e boa vontade por parte da gestão municipal melhorariam a vida de centenas de milhares de curitibanos. “Além disso, todo o entorno das unidades habitacionais foi requalificado, em outras palavras, os atendidos pelo Programa Nossa Gente receberam não só uma casa nova, mas também um bairro novo com infraestrutura digna e completa”, finaliza o deputado.

Durante a gestão de Leprevost como secretário de Justiça, Família e Trabalho do Paraná, entre 2019 e 2022, no primeiro governo Ratinho Junior, foram construídas e entregues 1.180 casas populares, em mais de 30 municípios paranaenses, por meio do Programa Nossa Gente, desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria de Justiça, Família e Trabalho e a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Mesmo com a área habitacional não estando entre as atribuições da secretaria de Justiça, fizemos uma parceria com a COHAPAR e conseguimos captar recursos com o BID para um programa de grande impacto social que entregou moradias dignas para milhares de paranaenses, atingindo resultados históricos no estado”, comenta Ney.

Leprevost destaca, ainda, que nos casos em que famílias residiam em áreas irregulares, a gestão promoveu em diversos municípios uma relocação por meio do aluguel social, um auxílio disponibilizado desde a desocupação de seus imóveis antigos até a entrega das novas residências.

Dados

De acordo com dados divulgados pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), por meio da Pesquisa de Necessidades Habitacionais 2023, Curitiba tem um déficit habitacional de mais de 92 mil moradias. Os números assustadores revelam que 41.147 famílias estão cadastradas na Cohapar, enquanto 43.461 vivem em alguma das 322 favelas espalhadas pela capital paranaense e outras 7.400 moram em um dos 93 loteamentos irregulares da cidade.

Mesmo com a urgência da demanda por moradias na capital, os dados disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura de Curitiba mostram que muito pouco tem sido feito para que os curitibanos tenham uma vida mais digna, com o direito básico da moradia. Nos últimos dez anos, o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS) do município entregou apenas 360 moradias populares.

Dessas residências, 292 foram contratadas e 68 entregues durante o mandato do ex-prefeito Gustavo Fruet. Já durante os oito anos de gestão do atual prefeito Rafael Greca, 27 casas foram contratadas e apenas 301 foram entregues. Isso representa uma média 37 casas populares entregues por ano em uma cidade com um déficit habitacional de mais de 92 mil moradias. Neste ritmo, seriam necessários no mínimo 2.486 anos para que todas as demandas fossem atendidas.