Ney Leprevost pede que Polícia Federal investigue escândalo de coação de servidor público

Redação Bem Paraná
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Maurilio Cheli

Os advogados de Ney Leprevost (União), candidato à prefeitura de Curitiba, pedem investigação sobre o caso de assédio eleitoral em benefício de Eduardo Pimentel (PSD), também postulante ao cargo e vice-prefeito da capital do Paraná. Nesta terça-feira (1), a mídia nacional e local denunciou que servidores do município foram coagidos pelo superintendente de Tecnologia da Prefeitura de Curitiba, Antônio Carlos Pires Rebello, a doar dinheiro para a campanha de Pimentel.

“Eu preciso prestar a minha solidariedade às servidoras e aos servidores públicos de Curitiba. Estamos pedindo investigação da Polícia Federal para apurar o alcance deste triste caso revelado pela imprensa nacional e local. Uma situação que devemos repudiar profundamente e que, certamente, não ficará sem a resposta enérgica das autoridades”, comenta Ney.

Os advogados do candidato vão à Polícia Federal solicitar para que sejam investigados suposto crime de caixa 2, abuso de poder eleitoral, uso da máquina pública em prol de um candidato e prática de extorsão. Conforme a denúncia, feita pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, Rebello intimou servidores da prefeitura a comprar convites de até R$ 3 mil para um jantar da campanha de Pimentel realizado em 3 de setembro.

Ainda conforme o relato do portal, Rebello instruiu os servidores que realizassem os pagamentos via PIX e que, para que as transferências não pudessem ser rastreadas, fizessem os repasses por contas bancárias de parentes ou amigos próximos. No áudio, o superintendente de Tecnologia da Prefeitura de Curitiba explica, também, que “era ajuda de campanha” e que seria “melhor do que fazer caixa 2”.

Na gravação da reunião obtida pelo portal, um servidor se recusa a participar e revela, chorando, que não teria condições de arcar com os valores. É quando Rebello responde que todos têm problemas e que não discutiria mais para não ter que demiti-lo. Questionado se a participação garantia um cargo em caso de vitória de Pimentel para a prefeitura de Curitiba, o superintendente indica que não, mas que “ajuda a continuar”.