Cristina Graeml é registrada como candidata a prefeita de Curitiba, mas embate no PMB ainda ameaça candidatura

Jornalista registrou sua candidatura nesta quinta-feira (15 de agosto), mas processo no TSE ainda pode mudar a cena de candidatos em Curitiba

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Cristina Graeml: aclamada em convenção, jornalista tem candidatura ameaçada por briga interna no PMB (Foto: Reprodução/ Instagram)

No último dia para o registro de candidaturas, mais um nome é registrado como candidato a prefeito de Curitiba. Trata-se de Cristina Graeml (PMB), cujo nome passou a constar no sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCand), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 14h54 desta quinta-feira (15 de agosto). Ainda assim, não é possível, ao menos por ora, cravar se a disputa pela Prefeitura da capital paranaense terá nove ou dez postulantes.

De acordo com o DivulgaCand, atualmente são dez os nomes registrados como candidatos a prefeito. São eles: Andrea Caldas, do PSOL; Cristina Graeml, do PMB; Eduardo Pimentel, do PSD; Felipe Bombardelli, do PCO; Luciano Ducci, do PSB; Luizão Goulart, do Solidariedade; Maria Victoria, do PP; Ney Leprevost, do União Brasil; Roberto Requião, do Mobiliza; e Samuel Mattos, do PSTU.

De acordo com Fabiano Santos, presidente estadual do Partido da Mulher Brasileira (PMB) do Paraná até o começo do mês, a candidatura de Graeml foi registrada já na noite de ontem (14 de agosto), embora apenas hoje tenha passado a constar no sistema eleitoral. Ela foi aclamada candidata a prefeita em convenção da sigla realizada em Curitiba no último dia 5 de agosto.

Ainda não é possível assegurar a candidatura, no entanto, por conta de um embate judicial.

“Candidatura não estava alinhada com as bases ideológicas do PMB”

No mesmo dia em que foi realizada a convenção do PMB de Curitiba, a executiva nacional da sigla divulgou em seus perfis nas redes sociais uma nota afirmando que Graeml não seria candidata a prefeita. Na ocasião, a direção nacional do partido informou ter comunicado no dia 2 de agosto a Executiva Estadual do Paraná e a Executiva Municipal de Curitiba sobre a decisão. O motivo, sempre de acordo com a nota, seria que “a Candidatura da Sra. Cristina Graemel, não estava alinhada com as bases ideológicas do PMB [sic]”.

“Após o comunicado e da insistência de manutenção da referida Candidatura, o PMB destituiu a Comissão Executiva Estadual do Paraná, bem como, a Comissão Executiva Municipal de Curitiba. Sendo assim, ressalta-se a nulidade quanto a escolha da senhora Cristina Graeml candidata a Prefeita de Curitiba em nome do PMB”, afirmou ainda a direção nacional do PMB.

A partir de então, teve início um embate na Justiça Eleitoral entre as direções estadual e municipal do partido contra a direção nacional. De acordo com Fabiano Santos, ainda não houve julgamento de mérito desse processo, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É essa decisão que definirá, efetivamente, se Cristina Graeml poderá ou não ser candidata. Para ela concorrer, o TSE deve restituir os poderes dos dirigentes locais da sigla. Já na hipótese da Justiça Eleitoral considerar válida a intervenção da executiva nacional no PMB do Paraná e de Curitiba, sua candidatura seria também considerada nula.

“Está no TSE esse processo. A comissão nacional terá de juntar provas de que o ato [que dissolveu as comissões do Paraná e de Curitiba] foi legal. Eles não juntaram essas provas até agora e o prazo se encerra hoje. E se juntarem, vamos rebater essa situação. Mas não teve desfecho final, não. Deve levar mais uns 10 dias para que isso ocorra”, explicou Fabiano Santos ao Bem Paraná.