Um vereador de Reserva, nos Campos Gerais do Paraná, que está foragido da Justiça após ser acusado de matar o próprio sobrinho-neto, está agora com mais um problema para resolver. José Odílio dos Santos (MDB) está sendo processado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por ter proferido falas que teriam caráter misógino em sessões da Câmara Municipal.
Zé Odílio, como é conhecido o parlamentar, é réu por homicídio triplamente qualificado. Há uma decisão favorável à prisão preventiva do vereador, mas ele está foragido da Justiça desde meados de julho. O crime ocorreu em 5 de julho, durante o velório de um familiar de ambos, quando Diorgenes Fernando Ferraz Leme, de 24 anos, teria sido assassinado após cobrar uma dívida do tio.
Já a acusação mais recente contra o parlamentar foi apresentada numa ação civil pública movida pelo MPPR. O órgão acusatório aponta que em pelo menos três oportunidades diferentes Zé Odílio teria proferido falas misóginas em sessão da casa legislativa, falando coisas como “patrolar uma rua é como uma senhora varrer a casa” e que uma senhora varrer a casa não seria fazer “mais do que a obrigação”.
Para o MPPR, as declarações são ofensivas à dignidade das mulheres, reforçam estereótipos de gênero e menosprezam a luta histórica por igualdade de direitos. Por isso, o órgão pede que o parlamentar seja condenado a pagar uma indenização por danos morais coletivos em R$ 60 mil e que ele realize uma retratação pública, reconhecendo o erro e comprometendo-se a não reincidir em práticas discriminatórias.
