Hinduísta indiano fumando ópio, na Índia. (Imagem: Pixabay)

A divisão social entre os povos de uma mesma sociedade fez com que, em muitas realidades, corresse a luta de classes, com a instauração de dominantes e dominados. Ou, como nomeou Marx, da burguesia e do proletariado. Dentro dos conflitos humanos,  tudo aquilo que o uso da razão e a observação da natureza não pôde explicar, o homem creditou a um ser superior. Assim, a falta de respostas para certas indagações conferiam ao homem um certo “conforto”.

Nesse sentido, quando Marx afirma que “a religião é o ópio do povo”, ele está referindo-se a esse “conforto”, ao consolo e à justificação que ela causa ao homem.Para Karl Marx, é o ser humano quem faz a religião, mas a religião não faz o ser humano, no sentido que ela ofereceria uma felicidade ilusória, que seria uma alternativa para tornar suportável a existência em meio às suas intempéries.

Levando-se em conta o contexto da sociedade em que Karl Marx viveu, no século XIX, transformada em sua essência pela Revolução Industrial, a teoria do materialismo histórico dialético fundamentada por ele visa demonstrar que a religião é como um ópio porque ajuda a suportar a dor de viver num mundo tão desigual. 

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Ana Beatriz Dias Pinto, é comentarista convidada do blog e nos traz reflexões sobre temas atuais e contextualizados sob a ótica do universo religioso, de maneira gratuíta e sem vínculo empregatício, oportunizando seu saber e experiência no tema de Teologia e Sociedade para alargar nossa compreensão do Sagrado e suas interseções.