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Pixar (Divulgação)

Na trama de Divertida Mente 2, Riley está em um momento ótimo de sua vida – a personagem é a estrela do time de hockey, tem duas melhores amigas e pais compreensíveis. Prestes a ingressar em um acampamento de três dias, a protagonista tem sua vida jogada de cabeça para baixo. O motivo? A puberdade.

Na sala de comando, Alegria aprendeu a dividir melhor as funções ao lado das outras emoções: Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo. Ela parece ter o controle da situação, mas tudo se transforma em caos novamente quando novas emoções surgem. Liderando o grupo de novatos está a Ansiedade, uma figura laranja e doidinha, determinada a planejar o futuro de Riley, mas sempre pensando no lado negativo das coisas visando o futuro.

Junto dela surgem a Inveja (uma emoção bem pequena, mas cheia de energia e vontades), Tédio (que encarna o lado diva e blasé de qualquer adolescente) e Vergonha – um ser grande e muito tímido. Quando Ansiedade e Alegria entram em conflito, as emoções antigas acabam sendo expulsas e precisam encontrar um jeito de restaurar as convicções e o “senso de si mesmo” de Riley. Por sua vez, Ansiedade e companhia tentam navegar pelas crises da adolescência, o que pode ter consequências muito graves.

Com essa premissa na bagagem, Divertida Mente 2 repete o que fez o primeiro filme, chamar atenção ao tratar de uma temática tão complexa como a mente humana de um jeito divertido e, bem humano. A diferença é que, na sequência, Divertida Mente consegue trazer um pouco mais de maturidade à história, que provavelmente só será compreendida e sentida com maior intensidade pelo público mais adulto ou aqueles que estão passando pela mesma fase de Riley. Porém, essa carga de maturidade vem acompanhada de algumas escolhas narrativas que fazem com que a animação perca um pouco de seu brilho à medida que a história avança.

Divertida Mente 2 é uma animação muito boa, mas não faz muito esforço para sair da sombra de seu antecessor. É quase como se a sequência quisesse ser o primeiro filme para se manter na segurança de algo que já deu certo. Afinal, a estrutura narrativa é praticamente a mesma: enquanto no primeiro Alegria e Tristeza embarcam em uma aventura na mente de Riley para retornar à cabine de controle das emoções, o segundo segue basicamente a mesma linha, novamente se apegando a elementos conhecidos do primeiro filme, como a Terra da Imaginação, para acompanhar a jornada das emoções de Riley que acabam sendo expulsas do centro de comando com a chegada dos novatos.

Divertida Mente 2 é para toda a família. A Pixar acerta com o humor infantil, e na mesma intensidade oferece boas sacadas para o público adulto. A história de Riley pode ser facilmente comparada com a muitos adolescentes. E, como tudo da Pixar, é emocionante.

Divertida Mente 2 chega aos cinemas nesta quinta-feira (20).