o idiota
Ilustração na capa do livro “O Idiota”, de Fiódor Dostoiévski (Reprodução)

Os apocalípticos diriam que o mundo está dividido entre a direita e a esquerda, entre aqueles que gostam do dia e os notívagos, os que preferem o calor e os adeptos do frio. Eu vou um pouco mais longe e ouso reforçar o polêmico e inesquecível Nelson Rodrigues, que sentenciou que “os idiotas ainda vão dominar o mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade”.

E a verdadeira cisma mundial acontece mesmo entre os ousados e os idiotas, que, infelizmente, parecem ser a maioria mesmo, como diria o anjo pornográfico.

Existem idiotas que gostam de sol, mar e calor e idiotas que gostam do frio e da serra. Os idiotas que creem em Deus e os idiotas que acham que o homem é a versão melhorada e inovada dos macacos. Existem idiotas que votam na esquerda e idiotas que votam na direita, além dos idiotas que preferem não votar em ninguém, dizendo acreditar que, dessa forma, não serão responsáveis pelo caos.

Idiotas, tolos, bocós, zés ruelas… de 8, 28, 58 ou 88 anos. Eles estão por toda a parte, ouvindo música, comendo quitutes e bebendo seus drinques.

Os idiotas são aqueles que emitem opinião mesmo quando ninguém solicitou parecer algum. São aqueles que tentam dar carteirada pra conseguir benefícios que não teriam direito por mérito. São aqueles que avisam que “você não sabe com quem está falando”.

Os idiotas são salientes, abusados, intrometidos e adoram se fazer de vítimas da sociedade quando algo não sai do jeito que gostariam. Se dizem injustiçados, perseguidos e botam a boca no mundo. Uns choram, outros fazem postagens ridículas e se tornam memes ambulantes da vida real. O modus operandi varia de acordo com a faixa etária.

Procure se manter longe desse tipo de espécie, faz bem pro corpo, pra alma e pro espírito.

Danielle Blaskievicz é jornalista, empresária e quer manter distância dos idiotas, de qualquer faixa etária.