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Arco, flecha e estilo puro. Look que vai das quadras às passarelas (Stépjane Ashpool – Divulgação)
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Coleção fresca, estampada e elegante da delegação do Haiti (Gabriele RigonStella Jean – Divulgação)

Voilá, é hora de se preparar, pois, nas próximas semanas viveremos de torcida, esportes de alta performance e croissant. Ainda bem que sempre teremos Paris e la haute couture, la gastronomie, l’amour e, oui, os Jogos Olímpicos de 2024. Gastei o meu francês, mas não a empolgação em ver a festa das delegações, a cidade sendo tomada por gente do mundo inteiro, os pontos turísticos virando palco de disputas esportivas. É tempo de esporte, união, paz e amor. La vie est belle. Tão belle quanto os uniformes que vêm sendo divulgados pelas delegações para a festa de abertura e para as competições.

Um dos mais festejados é o da Mongólia, assinado pela marca local The Michel & Amazonka. As peças seguem um design tradicional, que remonta ao período pré-histórico e é considerado Patrimônio Cultural Imaterial na China. Os mantos, blusas e acessórios vêm cheios de bordados. São tão lindos que dá vontade de usar em uma festa chique ou misturado a peças banais, para um high-low de primeira.

Clássica e tradicional, a anfitriã França escolheu a Maison Berluti para confeccionar os trajes dos atletas. Com tons de azul e degradê azul, rosa e branco, as peças variam entre brilho e fosco. Alfaiataria pura. Mas, fiquei doida por esse uniforme branco na primeira foto. Contemporâneo na medida, elegante, look pronto para sair da quadra para a passarela de tão chique.

E esses uniformes dos atletas do Haiti? Assinados pela estilista ítalo-haitiana Stella Jean, os looks são estampados pelo artista gráfico e pintor haitiano Philippe Dodard, trazem essa dobradinha de colete acinturado com saia rodada para as moças e camisa em linho e foulard para os rapazes.

O Canadá mantém a parceria com a marca lululemon e traz uma coleção orientada pelas percepções dos atletas, que mistura estilo e alto desempenho. O Brasil, por sua vez, também resolveu misturar a alma parisiense à brasileira em seus uniformes. O design das peças em si não trouxe nada de muito novo, mas achei bacana a proposta de usar figurinos produzidos em Natal e na região semiárida do Rio Grande do Norte, em um processo de confecção sustentável e artesanal feito pelas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, com tecido reciclado e desfibrado.