SPFW N58
A alfaiataria desconstruída da sempre irreverente Amapô (Agência Fotosite – Marcelo Soubhia)
João Pimenta mistura materiais e investe em indumentária
elaborada (Agência Fotosite @ze_takahashi)
Rolou nesta última semana a São Paulo Fashion Week N58, que inicia as comemorações dos 30 anos desta que é a mais importante semana de moda da América Latina. Em três décadas, o evento viu o crescimento da moda brasileira, a constituição de uma identidade fashion nacional e a profissionalização do mercado, aos moldes do que existe nos grandes centros internacionais.
Com tudo isso vimos novas marcas, novos talentos, gente fazendo carreira na gringa, moda nacional crescendo e aparecendo. Aos trancos, barrancos e glórias.
E em mais da metade desse tempo, estive aqui de olho, cobrindo desfiles e tentando entender o papel da moda brasileira para o próprio mercado nacional. Esse pedaço ainda é nebuloso. Afinal, excluindo alguns iniciados, a maioria não consome informação de moda, não entende que esta é uma das indústrias mais importantes do país, nem faz ideia do que há por trás de uma roupa de desfile.
Poucos são os que mergulham na história de uma coleção, sabem das mãos que bordaram as peças, coloriram os tecidos, os projetos sociais envolvidos. Moda é arte e cultura. E também é sustentabilidade, afinal, consumindo o que vem daqui, a gente faz a nossa economia girar, cria mais empregos, diminui o abismo social. Tudo isso fala sobre repensar o consumo, ter menos e escolher melhor, vestir a camisa e preservar a identidade. É uma questão de escolha.
Fiz a seleção de alguns momentos bonitos dessa SPFW N58, com estilistas talentosos, que têm costura fina e poética nacional. Vem ver.
