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Estima-se que 11,5 mil pessoas sejam diagnosticadas com leucemia a cada ano do triênio de 2023 a 2025, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), afetando 6,2 mil mulheres e 5,2 mil homens. Apenas no Paraná são cerca de 750 novos casos ao ano, o que significa, em média, 62 diagnósticos a cada mês ou 2,5 ao dia. 

A leucemia ocupa a 11ª posição nos tipos mais frequentes de câncer, se não considerarmos as lesões de pele do tipo não melanoma, sendo a neoplasia mais comum entre as crianças. 

Principais tipos de leucemia 

Segundo a médica Hematologista e Hematorepeuta do Hospital Sugisawa, em Curitiba, Jerusa Karina Miqueloto, existem diferentes subtipos da doença, sendo as principais: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (CLL).

Os diversos tipos se comportam de formas distintas no organismo.“São muitas possibilidades de doenças, algumas mais graves e agudas, outras indolentes que requerem apenas acompanhamento médico periódico sem necessidade inicial de  tratamento específico. O nome leucemia engloba doenças diferentes com tratamentos diferentes”, explica. 

A leucemia é uma doença maligna que afeta os glóbulos brancos do nosso sangue que passam a se reproduzir de forma descontrolada na medula óssea e podem impedir a produção das células sanguíneas normais. Em uma leucemia aguda, por exemplo, uma célula, que ainda não atingiu a maturidade, sofre uma mutação genética e se transforma em uma célula cancerígena que não exerce sua função de forma adequada, se multiplica muito rápido e impede a produção de células saudáveis na medula óssea. 

Tratamentos da leucemia

Geralmente o tratamento é feito com base na quimioterapia e transplante de medula óssea, porém grandes avanços vêm sendo feitos e atualmente existem inúmeras   novas tecnologias que disponíveis na abordagem terapêutica destes pacientes. “Existem os medicamentos que chamamos de ‘terapia alvo’, utilizados após pesquisas moleculares que tentam entender melhor os marcadores das células cancerígenas e que possibilitam oferecer um resultado mais efetivo possível no controle da doença ”. 

O transplante de medula óssea está entre os principais métodos de tratamento da leucemia e, para ser doador, basta realizar o cadastro em um banco de sangue. 

Sobre o Hospital Sugisawa  

 

O Hospital  conta com um complexo médico com 48 consultórios, que atendem a quase todas as especialidades da medicina, salas cirúrgicas totalmente equipadas, sala de hemodinâmica e leitos que garantem uma verdadeira hotelaria hospitalar com atendimento personalizado. Isso tudo além de um Pronto Atendimento 24 horas que oferece assistência imediata e de qualidade para casos de emergência.

O ABC do Diabetes

Alunos das escolas públicas e privadas de Curitiba deverão receber aulas de educação em Diabetes. A iniciativa foi instituída a partir da Lei nº 16083/2022 , de autoria do vereador Alexandre Leprevost, e que prevê o programa  ABC Diabetes. Sempre no mês de novembro, em alusão ao mês do Diabetes – orientações educativas serão fornecidas para alunos, pais, familiares e profissionais da educação sobre os sintomas e cuidados referentes à doença em crianças e adolescentes, fornecendo sugestões de como melhorar o tratamento.

A rede municipal de ensino possui 71 crianças diagnosticadas com diabetes, sendo que 49 possuem o Diabetes Tipo 1 e produz diariamente mais de 250 dietas especiais, incluindo dietas para as crianças com diabetes.

Caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue, o Diabetes é uma doença metabólica silenciosa. Caso não seja diagnosticado no início, ele  pode causar complicações como perda da visão, insuficiência renal, problemas cardiovasculares e neurológicos e até mesmo levar o paciente à morte. 

Instituto da Pessoa com Diabetes (IPD) 

Por meio de um acordo de Cooperação, entre a Secretaria Municipal de Educação e o IPD (Instituto da Pessoa com Diabetes), médicos endocrinologista e nutricionista farão o acolhimento dos pais que apresentarem a necessidade de orientação e acolhimento ao município.  

O projeto de educação em diabetes é destinado para as crianças e adolescentes de Curitiba de até 14 anos, estudantes das escolas municipais, e com renda familiar de até 3 salários mínimos. “Como o diabetes tipo 1 se manifesta principalmente na infância, nosso objetivo é conscientizar pais, professores e alunos sobre os sintomas do diabetes a fim de promover o diagnóstico precoce juntamente com as informações e atendimentos necessários”, explica a presidente do IPD, médica endocrinologista, Angela Nazário. A equipe clínica do IPD também conta com especialistas em diabetes de renome como os médicos endocrinologistas André Vianna, Mauro Scharf, Andressa Leitão e Luciana Muniz Pechmann.

O programa prevê a distribuição nas escolas públicas e privadas da cidade, material didático semelhante ao do projeto KIDS, da Federação Internacional de Diabetes. As cartilhas da entidade já são utilizadas em dez países, “atingindo 340 mil crianças e 19,8 mil professores em mais de 2 mil escolas”, diz a federação. 

Pacientes com Diabetes tipo 2 poderão reduzir em 85,7% o número de picadas de insulina  

Um estudo inédito –  apresentado no último dia 26 de junho, no 83o Congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA) e publicado na revista científica JAMA – comprovou que é possível melhorar a qualidade de vida de pacientes com diabetes. A pesquisa – que contou com a participação de um único brasileiro, o médico endocrinologista de Curitiba, André Vianna, identificou que o uso de insulina semanal é eficaz, se comparada a insulina de dose diária, e pode reduzir em 85,7% o número de picadas diárias  de insulina, passando de 365 aplicações ao ano para apenas 52.

Os pesquisadores de diferentes países avaliaram a eficácia da Insulina Icodec em adultos com diabetes Tipo 2, sem tratamento prévio com insulina. Esta insulina, também chamada de Icodeca, é injetada uma vez por semana com uma caneta, e a exemplo das demais, e após ser absorvida, liga-se a proteínas no sangue que permitem uma liberação gradual ao longo de sete dias. 

Ela foi comparada com a melhor insulina diária disponível no mercado, a Degludeca.

Ao todo, foram avaliados – entre março de 2021 e junho de 2022 – 588 pacientes, em 92 locais e 11 países, neste estudo randomizado chamado ONWARDS 3. 

“Os resultados apontaram a eficácia do tratamento com Icodec uma vez por semana, demonstrando que o medicamento semanal pode fornecer uma alternativa de dosagem mais simples à insulina basal diária em pessoas com diabetes tipo 2”, afirmou o médico endocrinologista André Vianna, único co-autor brasileiro no estudo.

Após a conclusão dos estudos de fase 3, o medicamento é submetido às agências reguladoras americana , europeia e, no Brasil, para a ANVISA. Sendo aprovado, o medicamento já poderá ser comercializado.