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Uma recente diretriz, divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, no dia 15 de maio, vem causando confusão na cabeça dos brasileiros .

No documento, a OMS informa que n ão recomenda o uso de adoçantes sem açúcar para controle ou para reduzir o risco de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão, obesidade e outras.   A lista inclui adoçantes como sacarina, sucralose, aspartame, stevia e derivados e não se aplica aos açúcares de baixa caloria ou álcoois de açúcar (os chamados polióis, como xilitol e sorbitol). 

Segundo a organização, a orientação tem como base os resultados de uma revisão sistemática de evidências disponíveis que sugerem que o uso desse tipo de produto não proporciona benefícios a longo prazo na redução corporal em adultos e crianças. Ainda de acordo com a nota da OMS, “os resultados da revisão também sugerem que pode haver efeitos indesejáveis potenciais do uso prolongado de NSS [non-sugar sweeteners – adoçantes sem açúcar, na tradução para o português], como um risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos.” 

O que dizem  os especialistas 

A nova diretriz está trazendo preocupação para pessoas que consomem o produto, inclusive abrindo a possibilidade de voltar ao uso do açúcar branco.

O endocrinologista e  presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Rocha Araújo, afirma que não é necessário parar de usar adoçante, basta não consumir com exagero. “A segurança dos adoçantes substitutos do açúcar já foi comprovada em diversos estudos clínicos, nas quantidades consideradas permitidas. Precisamos lembrar que o adoçante não possui valor nutricional e é um produto químico, com acidulantes e outros elementos”, afirma

A nutricionista especialista no tratamento de pacientes com diabetes, Natalie Marques, explica que o adoçante não deve ser indicado em dietas de emagrecimento porque oculta o sabor natural dos alimentos e aguça as papilas gustativas com a ideia de um sabor mais adocicado. “Ao consumir o adoçante, o  paciente tende a continuar  buscando um sabor mais doce no alimento. Além disso, são produtos artificiais e que não trazem benefícios para a redução  da ação inflamatória que a obesidade provoca no organismo”, alerta.

Por outro lado, uma diretriz da SBD indica o uso do adoçante no lugar do açúcar para pacientes com Diabetes e que precisam do controle glicêmico. “Para os nossos pacientes a conduta é sempre incentivar a retirada tanto do açúcar como do adoçante, buscando outras formas mais naturais existente em frutas e frutas secas, por exemplo. Desta forma, o paciente estará fazendo com que o seu paladar se acostume naturalmente ao verdadeiro doce fornecido pelos alimentos”, finaliza Natalie.

Pessoas que tiveram  COVID-19 podem colocar prótese de joelho e quadril 

Foto: André Kaze

Um estudo divulgado em abril deste ano pela revista internacional The Journal of Arthroplasty constatou que pessoas que tiveram COVID-19 podem realizar a cirurgia da prótese de quadril e joelho (artroplastia) sem maiores riscos ou complicações.  “Com as diversas sequelas que permaneceram após o contágio do coronavírus, muitos pacientes ficaram com medo de colocar a prótese mesmo com indicação médica, e o estudo vem para mostrar que a COVID-19 apresenta pouquíssima influência no pós-operatório da artroplastia”, explica o médico ortopedista, que atua há mais de 30 anos em cirurgias de joelho, Rogério Fuchs. 

A pesquisa analisou um grupo de pessoas que realizaram a cirurgia da prótese de joelho ou quadril, e tiveram COVID-19, em comparação com aquelas que não foram infectadas. O médico ortopedista e especialista em cirurgia do joelho e do quadril Thiago Fuchs afirma que os resultados são semelhantes, sem aumento de riscos e complicações. “A única diferença é o tempo médio de permanência no hospital durante o pós-operatório, que acabou sendo um pouco maior entre aqueles já infectados por COVID-19, para uma maior controle. Isso porque o risco de pneumonia no pós-operatório é maior entre aqueles com diagnóstico prévio de COVID-19 (6,9% versus 3,5%).

O que é a artroplastia do joelho e quadril?

A artroplastia é um procedimento cirúrgico que consiste na colocação de uma prótese total ou parcial na articulação do quadril e/ou joelho a fim de devolver a mobilidade dos movimentos e diminuir as dores. Pacientes que recebem a indicação médica para a artroplastia normalmente apresentam um quadro de artrose com desgaste da cartilagem e alterações na anatomia da articulação, o que resulta em limitação de movimentos e dores intensas ao praticar exercícios ou realizar atividades cotidianas. Tanto pessoas idosas quanto jovens e atletas de alto rendimento podem ser beneficiados com a artroplastia. Ao apresentar algum desses sinais, o recomendado é buscar a avaliação de um ortopedista especializado em joelho e quadril. 

Eco Integra 

Foto: Eco

O Eco Medical Center lançou, no dia 16 de maio, a primeira edição do Eco Integra – evento científico com o objetivo de discutir casos clínicos, reunindo diferentes especialidades.

De acordo com o diretor do Eco Medical Center, Dr João Luiz Faria, a atividade é uma forma de integração científica.  “A ideia é reunir especialistas de diferentes áreas médicas, mas que convergem entre si, para debater casos clínicos e aumentar ainda mais a eficiência e diagnóstico assertivo do paciente”, afirma Faria.

Na primeira ação, procotologistas, radiologistas, urologistas, clínicos gerais  e médicos do aparelho digestivo estiveram reunidos no primeiro Eco Integra para avaliar estudos de caso. “O objetivo é concentrar o atendimento e o tratamento dos nossos pacientes, todos em um só lugar, reunindo uma equipe de ponta como a que compõe o corpo clínico do Eco”, afirma um dos diretores do Eco, o médico João Luiz  Faria Garcia.